quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Aula - Perdão. Plano de aula evangelização Espirita. Objetivos: Levar as crianças a compreenderem que perdoar consiste no esquecimento total das ofensas recebidas. Devemos perdoar sempre, pois estamos sujeitos ao erro e necessitaremos do perdão alheio. Quando Jesus nos convida a perdoar quantas vezes forem necessárias, Ele quer dizer que fazendo isso, estamos trabalhando para o nosso próprio equilíbrio espiritual.


Objetivos: Levar as crianças a compreenderem que perdoar consiste no esquecimento total das ofensas recebidas. Devemos perdoar sempre, pois estamos sujeitos ao erro e necessitaremos do perdão alheio. Quando Jesus nos convida a perdoar quantas vezes forem necessárias, Ele quer dizer que fazendo isso, estamos trabalhando para o nosso próprio equilíbrio espiritual.

Preparo da sala: Anteriormente a sala foi preparada da seguinte forma: foram retiradas as cadeiras, colado balões nas paredes escritos sentimentos bons.

Música para harmonizar
Prece Inicial
Primeiro momento: Contar a história com os evangelizando sentados confortáveis no chão formando circulo.
“Mariana e Carol eram grandes amigas, um dia, Carol sem querer quebrou uma boneca de Mariana. Ela pediu desculpa para a amiga, mas Mariana não a perdoou.
A partir desse dia, Mariana não quis conversar mais com Carol, e isso deixou Carol muito triste.”
Desde esse dia Mariana passou a carregar um sentimento muito ruim em seu coração.
(Interferência) Vamos descobrir qual é esse sentimento? (dar dicas caso for preciso). Está certo é a mágoa, vamos ver como é ruim ficar com mágoa no coração? Todos pensem em alguém que não perdoaram por qualquer motivo.
Segundo momento: Atividade psicodramática: Distribuir bolinhas (de cor escura) feitas de papel para cada evangelizando.
Dizer a seguir: Agora imaginem que o que seguram na mão é uma mágoa que vocês não conseguiram perdoar. Ela está em vocês, grudada e não podem soltá-la. Será que uma mágoa, uma ofensa atrapalha a vida de quem a carrega?
Com uma das mãos sempre segurando a bola, vocês vão fazer o seguinte: (
A evangelizadora vai orientá-los fazer uma coisa de cada vez dando tempo para que sintam a dificuldade em realizar o que está sendo pedido)
1. Bater palmas;
2. Cumprimentar uns aos outros;
3. Abraçar;
4. Pentear os cabelos;
5. Limpar o ouvido;
6. Fazer um desenho (distribuir folhas e lápis - desenho livre).
Terceiro momento: Reflexão:E então, foi difícil fazer o que foi pedido? Assim a mágoa, ela é como a bola de papel, ela impede atrapalha quem a carrega de fazer uma porção de coisas boas.
Então o que fazer? Perdoar. Como perdoar? Esquecendo a ofensa. Não ficar lembrando, não ficar contando o que aconteceu para todas as pessoas que encontrar, não desejar o mal da para pessoa. Perdoar com o coração.
Vou contar pra vocês uma lição que Jesus deixou pra nós. Um dia, Pedro se aproximou de Jesus e lhe perguntou: Senhor, quantas vezes perdoarei ao meu irmão quando pecar contra mim? Será até sete vezes? Jesus lhe respondeu: Não vos digo que apenas sete vezes e sim setenta vezes sete vezes. Devemos perdoar todas as pessoas e quantas vezes forem necessárias. Devemos nos perdoar também (auto-perdão), pois todos nós erramos.Quando não perdoamos fica um peso em nosso coração, causando tristezas, nos impedindo de fazer muitas coisas boas. É como se carregássemos uma pedra na mão sempre. É como se um veneninho fosse aos poucos entrando no nosso corpo, podendo nos causar doenças, isso nos prejudica e atrasa nossa evolução.
Passar o lixo e dizer-lhes: Então, vamos jogar essa mágoa fora? Lembre-se de alguém que você não perdoou e jogue fora a mágoa que tem dele aqui.
Depois convidá-los a repetir a atividade anterior de bater palmas, cumprimentar uns aos outros, abraçar, etc.
Quarto momento: Atividade criativa – Pedir aos evangelizando que virem à folha (do desenho feito anteriormente); escrever no quadro: “Quais sentimentos ganhamos quando perdoamos?” pedir que cada um desenhe a si mesmo rodeados de sentimentos que ganham ao perdoarem, e que as dicas estão espalhadas pela sala (os balões coloridos com os sentimentos bons escritos neles).

Prece Final.


Fonte: evangelização Espirita infantil

sábado, 15 de dezembro de 2012

Dinâmica - Aprendendo o cuidado com os seres vivos. Dinâmica. O valor de uma vida



Na praia a menina achou uma concha,
Uma conchinha lindinha de arrepiar.
No dia seguinte, as suas amigas
Daquela conchinha iriam gostar.
Mas dentro da concha havia um bichinho,
Vivo, vivinho, a respirar.
“Se eu levo essa concha”, pensou a menina,
“A vida do bicho vai se acabar”.
“Se eu levo essa concha o bicho não vive,
mas minhas amigas vão me elogiar.”
“Se eu levo essa concha, se eu mato esse bicho,
com esse elogio, eu vou me alegrar?”
“Se eu deixo a conchinha, se eu salvo uma vida
ninguém vai saber, mas eu vou gostar.”
Então a menina, com muito cuidado,
Deixou a conchinha nas águas do mar... 
Pedro Bandeirapoeta e escritor.
( introcução para a tematica contida no curriculo) G.T.

domingo, 18 de novembro de 2012

Dinamica: Aula para Juventude. OBJETIVOS: Conscientizar os jovens que eles são uma peça fundamental para a harmonia da família.



EU E MINHA CASA
OBJETIVOS: Conscientizar os jovens que eles são uma peça fundamental para a harmonia da família.
MATERIAL NECESSÁRIO: Cartolina, frases recortadas (abaixo) e cola.
DESENVOLVIMENTO: Os jovens deverão correlacionar as doze frases ao comportamento:
 invisível (parece que não está lá), 
participativo (participa ativamente de tudo) ou 
visitante (é indiferente a tudo o que acontece em casa). 

O educador deverá colar na cartolina uma frase de cada vez, em
seguida os jovens irão dizer o tipo de comportamento contido na frase. É claro que as compreensões colocadas aqui podem não ser as mesmas que a dos jovens, sendo uma excelente
oportunidade para o debate (ex.: o educador coloca que a frase 1 é do comportamento invisível, mas o jovem acha que é visitante. Então, é uma ótima oportunidade de se falar sobre isso).

FRASES:
1. Normalmente, eu chego a casa, passo direto pro meu quarto e só saio dele se for para comer ou para sair de novo!

2. Faço questão de saber como andam as coisas lá em casa!

3. Participo de tantas atividades, que saio de casa às 6:30h e só volto às 22:00h. Aí, já é hora de dormir! E no outro dia, começar tudo de novo!

4. Gosto de sentar com minha mãe e conversar sobre tudo. Até besteiras!!!

5. Se eu pudesse... Eu sumia para ninguém me ver!!! Que saco essa vida!!!

6. Muitas vezes, acho que meus pais não me conhecem!!! Tratam-me de forma estranha!

7. Ajudo nas tarefas de casa!!! Adoro consertar algo quebrado!!!

8. Sou meio chato, às vezes, cobro se meus irmãos estão estudando mesmo!!! Afinal, quero que eles se deem bem na vida!

9. Minha irmã engravidou do namorado. Eu não quero nem estar perto na hora da confusão!!!

10. Esse negócio de família é complicado. É melhor não ter, ou será o contrário?! Estou confuso!

11. Nossas virtudes são diferentes... Nossos defeitos também... Isso não me importa!!! Quero é viver a minha vida e cada um que viva a sua!!!

12. Faço parte de uma família de 08 pessoas. Sinto-me um ET... São tão diferentes!!!

RESPOSTAS:
1. Comportamento invisível
2. Comportamento participativo
3. Comportamento invisível

G.T

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Com Certeza, Cecilia Rocha, nossa querida professora que voltou para a Pátria Espiritual(Faleceu em Brasília aos 93 anos de idade, às 02 h do dia 05 de novembro de 2012,) também, deixou seu legado no mundo e agora retorna a verdadeira vida, deixando, aqui, no Planeta, não só ensinamentos, exemplos de moralidade, dedicação à causa da Evangelização Infanto Juvenil, à causa do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, mas muita saudade e desejo de continuarmos, cada vez mais a EVANGELIZAR A CRIANÇA E O JOVEM contribuindo como tantos outros (Johan Heinrich Pestalozzi,Jean Jaques Rousseau, Frederich Froebel, Henri Paul Hyacinthe Wallon, Maria Tecla Artemesia Montessori, Jean Piaget foram educadores que passaram pelo Planeta Terra, deixando seu legado de luz para as linhas pedagógicas da educação do ser )



Johan Heinrich Pestalozzi,Jean Jaques Rousseau, Frederich Froebel, Henri Paul Hyacinthe Wallon, Maria Tecla Artemesia Montessori, Jean Piaget foram educadores que passaram pelo Planeta Terra, deixando seu legado de luz para as linhas pedagógicas da educação do ser..
Com Certeza, Cecilia Rocha, nossa querida professora que voltou para a Pátria Espiritual(Faleceu em Brasília aos 93 anos de idade, às 02 h do dia 05 de novembro de 2012,) também, deixou seu legado no mundo e agora retorna a verdadeira vida, deixando, aqui, no Planeta, não só ensinamentos, exemplos de moralidade, dedicação à causa da Evangelização Infanto Juvenil, à causa do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, mas muita saudade e desejo de continuarmos, cada vez mais a EVANGELIZAR A CRIANÇA E O JOVEM!
 
Um pouco da vida de nossa valorosa amiga:

CECÍLIA ROCHA
 
 Cecília Rocha nasceu em Porto Alegre em 21 de maio de 1919, um ano após o amistício de paz da 1˚ Grande Guerra Mundial, portando uma tarefa de luz.

Filha de José Rocha e Carmem Rocha. Ele, mineiro de sete Lagoas e ela, gaúcha da cidade de Jaguarão. O pai era comerciante. A mãe era de prendas domésticas.

Foi a primogênita de um grupo de cinco irmãos: Otávio, Alberto, Mário e Fernando.
Passou sua infância na Av. Brasil, no bairro São Geraldo, em Porto Alegre.

Após completar o Ensino Fundamental, ela cursou Ensino Médio no Instituto de Educação General Flores Cunha, em Porto Alegre, onde concluiu o curso de Magistério em 1938, definindo, desta forma, sua futura atuação brilhante na área da Educação voltada para a criança e o jovem.

Em seguida fez o curso “Métodos e Técnicas Pedagógicas” e desenvolveu alguns estágios em escolas públicas de sua cidade natal, buscando mais aperfeiçoamento na área docente.

Em 1940, foi nomeada para o Magistério Público do Rio Grande do Sul, atuando inicialmente no interior do estado. Cecília imprimia nas escolas que dirigia, um trabalho administrativo e pedagógico que se destacava pela organização e progresso.

Ela estimulava a comunidade escolar a integrar-se com as famílias e com as demais instituições da localidade onde estava inserida, promovendo atividades culturais e cívicas de alto significado para todos.

Sua atuação caracteriza-se pelo diálogo aberto com os alunos, professores e as famílias, buscando preservar e colocar em prática os valores morais. Dessa forma, ela sempre podia contar com a adesão de todos para os seus projetos.

O espaço físico das escolas sob direção de Cecília passava constantemente por transformações, pois ela não media esforços para melhorar as instalações escolares, desde as salas de aula até o jardim e a horta.

Para tanto ela envolvia os professores, os pais e a comunidade, a fim de ajudá-la nesse empreendimento em que os beneficiados eram os alunos, que passavam a ter um espaço escolar limpo e agradável, mesmo sendo uma escola pública.

A sua atuação dinâmica nas escolas públicas estaduais de interior do estado do Rio Grande do Sul permaneceu até 1947, quando foi transferida para lecionar em Porto Alegre.

Em 1957, quando já estava integrada no Movimento Espírita Gaúcho como Evangelizadora, a jovem professora foi convidada a assumir a direção da Escola primária Particular do Instituto Espírita Amigo Germano. A escola era de Ensino Fundamental, de caráter assistencial, voltado à alfabetização de crianças carentes, com professoras cedidas pela Secretaria de Educação do Estado.

No ano de 1958, participou de uma Confraternização de Mocidades Espíritas do Norte e Nordeste ocorrida em Teresina, estado do Piauí. Representando o rio Grande do Sul apresentou suas experiências ao lado de sua cunhada, professora Dinah Rocha, nas terras gaúchas. Por ocasião conversou pela primeira vez com Divaldo Pereira Franco, que nessa oportunidade convidou-a para conhecer a Mansão do Caminho e orientar a escola lá existente. Cecília aceitou o convite e em 1960, passou de março a dezembro na Mansão do Caminho, onde trabalhou como diretora da Escola Primária da Obra Sócio-Educacional de Divaldo Franco, em Salvador, Bahia.

Durante esse período atuou como verdadeira missionária da educação espírita, com devotamento e abnegação em favor do ideal. Sua jovialidade e conhecimentos técnicos cativou a todos, contribuindo pedagogicamente para melhorar a educação das crianças internas da Casa, ensinando canto, jogral, coral, teatro e, sobretudo, disciplina, baseada sempre na Codificação Espírita.

Segundo Divaldo, quando conheceu Cecília Rocha, o mesmo teve oportunidade de contatar o espírito Francisco Spinelli, que a acompanhava, inspirando no desenvolvimento das tarefas a que entregara a preciosa existência. O nobre mentor, informou-lhe, naquele momento, de que se tratava de alguém comprometida com o labor missionário de iluminação das consciências infanto-juvenis, a luz meridiana do Espiritismo. O médium baiano ficou muito impressionado com a simplicidade e devotamento da querida amiga, restabelecendo vínculos de grande afeição e respeito a partir de então, entendendo a alta gravidade do ministério desta tarefeira, a seriedade com que o exercia, a sua relação profunda com as entidades venerandas que administram o movimento espírita no Brasil.

A convite, Cecília viajou para vários municípios do interior da Bahia, a fim de divulgar o trabalho de Evangelização e fazer palestras. Quando terminou o ano letivo, retornou à Porto Alegre.

Sempre encontrou grande apoio em Divaldo para o desempenho de sua tarefa. Eles mantinham contato constante, e ele aproveitava suas viagens para divulgar a importância do trabalho de preparação de Evangelizadores feito por ela e sua equipe. O tribuno baiano procurava dar apoio estratégico para os deslocamentos de Cecília, quanto a hospedagem em casa de confrades dele conhecidos, nos vários estados do Brasil onde ela ia, juntamente com sua equipe, realizar sua tarefa; dessa forma recebiam todo carinho e apoio para implementar o Curso de preparação de Evangelizadores, que era o carro chefe da tarefa naquela época.

Ademais, Cecília e Dinah Rocha, em face de serem educadoras exemplares, tornaram-se pioneiras dessa atividade, embora outros já o viessem realizando também, porém, elas ofereceram o contributo da psicologia infantil, da pedagogia contemporânea (desde aquela época), criando textos, histórias, canções, nas quais eram introduzidos os ensinamentos do Espiritismo, perfeitamente ajustado ao interesse das gerações a que se destinavam.

Durante a década de 70 atuou na direção de instituições como a Associação Educacional Mahatma Gandhi, em Porto Alegre, e Escola Primária do Lar dos Pequenos de Jesus, atendendo crianças carentes e classes especiais para alunos deficientes mentais. Nesta ocasião, cursou, com destaque, a Faculdade de Educação Porto Alegrense, concluindo em 1976 o curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, com especialização em Administração Escolar.

Em 1980, Cecília Rocha transfere-se da Federação Espírita do Rio Grande do Sul – FERGS, para Federação Espírita Brasileira – FEB, em Brasília, pois o inesquecível presidente Francisco Thiesen necessitava de alguém portador de altos conhecimentos doutrinários e de vivência junto às crianças e aos jovens, a fim de ampliar o programa da DIJ no Conselho Federativo Nacional, e ninguém melhor que reunisse as qualidades da querida educadora gaúcha.

Com verdadeira sabedoria, Cecília não se afastou das suas raízes de nascimento e doutrinárias, antes soube colocar uma ponte de ligação, que prossegue forte, mantendo os compromissos de maneira airosa e feliz, sem prejuízo de qualquer natureza.

Os Espíritos Meimei, Emmanuel, Amélia Rodrigues, Joanna de Ângelis, que no mundo espiritual responsabilizam-se pela tarefa de educação das gerações novas à luz do Espiritismo, convidaram Cecília Rocha, antes da reencarnação, para esse mister. Desse modo, a querida amiga foi preparada em escolas específicas da espiritualidade para equipar-se dos recursos hábeis, de modo que, no plano físico, vinculada aos mesmos, pudesse desempenhar a tarefa ao lado de outros dedicados trabalhadores que honram nossas fileiras educacionais.

Francisco Spinelli e Francisco Thiesen, hoje já no plano espiritual, sabendo, antes do renascimento no corpo físico, do compromisso de Cecília Rocha com a ampliação das fronteiras do Espiritismo junto à infância e à juventude, ao reencontrarem-na, não tiveram dúvida em oferecer-lhe todo o apoio necessário ao desempenho da relevante tarefa. Ambos, espíritas pela segunda vez, porquanto conheceram a Doutrina aos dias do Codificador, havendo cooperado, naquela ocasião, com o insigne mestre de Lyon, foram incumbidos por Ismael a desenvolver tarefas relevantes no solo brasileiro, para onde foram transladados da França do século XIX. Ademais, inspirados pelos mesmos Benfeitores do Mais Além, sentiram a grandeza da realização em pauta e engajaram-se, demonstrando o seu grande amor à Doutrina, conforme lhes era natural. Sabiam que o futuro cabe sempre às novas gerações, sendo necessário prepará-las ao Sol do Espiritismo para que o porvir seja mais feliz e rico de luz.

Cecília, desde 1983, teve ampliada sua ação na área de ensino da FEB; além da coordenação do DIJ (Departamento da Infância e Juventude), assumiu o ESDE (Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita), a Mediunidade e o Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita. Passou, também, a orientar a elaboração das apostilas que dão suporte didático-pedagógico a estas atividades. Em perfeita identificação aos postulados doutrinários, vem evitando as adições abusivas, as distorções do pensamento exposto na Codificação, sempre orientando para o melhor aprofundamento nas questões abordadas pela Doutrina.

Trata-se de um trabalho de equipe sob sua direção, utilizando-se de pessoas habilitadas nos modernos contributos da Psicologia, da Metodologia e Pedagogia, ao lado da sua cultura geral e larga experiência nessas áreas.

Nossa querida companheira tem atuado na área de Evangelização de novas gerações desde 1951 até os dias atuais, sempre buscando, com as várias equipes que tem trabalhado, atualizar metodologias, estratégias, resguardando o conteúdo evangélico-espírita que é a linha mestra da atividade.

Cecília, quando questionada se tinha noção da amplitude do trabalho durante o desenvolvimento inicial do mesmo, informa que não tinha idéia consciente da dimensão da tarefa, mas, que a realizava com muito entusiasmo e esmero, com o objetivo de que todos ficassem bem preparados para o desafio de evangelizar. Inclusive, alguns líderes espíritas da época a consideravam muito aventureira, por viajar tanto e envolver-se com tantas equipes pelo Brasil afora. Só agora, passados mais de 50 anos e observando os resultados, é que ela dá-se conta da amplitude do projeto ao qual ela estava engajada.

Entre as muitas qualidades do seu caráter, destaca-se a sua fidelidade ao Espiritismo, posto acima dos interesses pessoais e das afeições humanas. A sua sinceridade, feita de lealdade e amor pela Causa, são um dos belos valores do seu comportamento. A sua renúncia à família, aos afetos, às comodidades, viajando de um lado para outro, no Brasil e no exterior, nos dias que se foram, muito difíceis e preconceituosos, diversos dos atuais, dizem da grandeza do Espírito que ela é. A bondade, a gentileza, o carinho para com todos, são outros dos valores que possui.

Onde quer que Cecília Rocha tenha estado, ela soube implantar com sabedoria e gentileza, o programa de Evangelização espírita infanto-juvenil, deixando, em toda parte do Brasil e de diversos países americanos, pegadas luminosas, que servem de setas brilhantes apontando o porvir ditoso da humanidade.

Cecília, desde sua formação no curso de magistério, dedicou-se a estudar a vida e a obra dos grandes educadores da humanidade, buscando neles embasamento teórico e inspiração para a prática docente.

Para ela, Jerônimo de Braga, discípulo de Jan Huss, sempre foi motivo de profunda reflexão sobre a questão de seleção e importância do conteúdo a ser ministrado para crianças e jovens. Pois essa é uma das suas preocupações constantes como educadora: o que ensinar, o que oferecer ao aluno, espírito imortal que está de passagem pela encarnação? Qual a bagagem que lhe será útil quando retornar à verdadeira vida, que é a espiritual? O que ele precisa saber que será de real utilidade na sua condição de espírito imortal, filho de Deus?

Jon Amos Comeniuns é um dos mestres prediletos de Cecília porque ele encontrou muitas respostas e sugestões sobre como desenvolver o conteúdo selecionado, ajudando-a a refletir sobre qual metodologia é a mais adequada para realmente estimular o interesse do aprendiz, quais os recursos mais significativos a serem utilizados que realmente despertarão as potencialidades latentes adormecidas, no âmago de cada aluno.

Cecília buscou, também, inspiração e orientação nos ideais de Jean Jaques Rousseau, na proposta pedagógica de Pestalozzi, comprovados pela sua aplicação prática em Frederich Froebel e sua proposta didática voltada aos primeiros anos de infância, bem como Maria de Montessori, entre outros.

Cecília sempre se manteve atenta às novas teorias acerca do ensino e aprendizagem, analisando, com muito critério, as novidades que têm surgido nos séculos XX e XXI na Pedagogia, propondo discussões com as equipes de trabalho que ela coordena, buscando absorver o que é útil e bom e que virá enriquecer o trabalho pedagógico proposto pela FEB.

Bibliografia:
OLIVEIRA, Gladis Pedersen de. – A Missão e os Missionários – Porto Alegre, RS – Editora Francisco Spinelli, 1˚ Edição, 2009. 288p.

domingo, 28 de outubro de 2012

AULA Evangelização Juventude Tema:Os diversos mundos habitados

Tema: Os diversos mundos habitados
Número: 02
Departamento de Evangelização do Jovem



Introdução
O objetivo deste estudo é trazer para os jovens a idéia de que existe vida e movimento em todo o universo. Que outros planetas existem para a evolução dos espíritos. Este estudo dará base para que o adolescente entenda melhor o estudo número 04 “As raças Adâmicas”.
Desenvolvimento
Origem das criações materiais
1 – Existe no universo infinito uma matéria cósmica universal, que dá origem a todas as criações materiais (orgânicas e inorgânicas).
2 – Os mundos estão nessa matéria cósmica.
3 – Essa matéria primitiva é regida pelas forças e leis de Deus que criou, cria e continuará criando eternamente. Logo, a Terra não foi a primeira criação de Deus, nem será a última.
Antes dela já existiam milhares de outras esferas com espíritos em evolução
Os Mundos habitados
1 – Os mundos habitados são solidários entre si, isto é, os espíritos podem, dependendo da necessidade e afinidade, nascerem em diferentes mundos.
2 – Os mundos não são iguais uns aos outros, nem moral, nem fisicamente.
Cada um tem características apropriadas às condições que lhe foram prescritas e ao papel que cada um há de ter na escala evolutiva.
3 – O progresso material de um mundo acompanha o progresso moral de seus habitantes (progressão dos mundos).
4 – Todos os mundos são habitados (planetas, satélites naturais). Os que não são materialmente, o são espiritualmente.
Nada foi criado em vão.
5 – Após cumprirem seus papéis, os mundos materiais desfazem-se, segundo leis naturais e devolvem à “matéria primitiva” os elementos necessários para que outros mundos sejam formados.

Conclusão
Os mundos são criados pela vontade e poder de Deus.
São regidos por Suas Leis, sua Justiça, Sua infinita Sabedoria para a evolução dos espíritos.
Deus sempre criou e sempre criará.
A Doutrina Espírita, esclarecendo a pluralidade dos mundos habitados, traz uma idéia muito mais sublime e elevada do Criador, pois não circunscreve Seu poder à nossa Terra, ao nosso sistema planetário ou à nossa galáxia, que são como grãos de areia no deserto.


Mundos Habitados
"Há muitas moradas na casa de meu Pai. Se assim não fosse, eu vo-lo teria dito" (João, XIV: 1-3)
Os diversos mundos possuem condições muito diferentes uns dos outros, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade de seus habitantes. Dentre eles, há os que são ainda inferiores à Terra, física e moralmente. Outros estão no mesmo grau, e outros lhe são mais ou menos superiores, em todos os sentidos. Nos mundos inferiores a existência é toda material, as paixões reinam soberanas, a vida moral quase não existe. À medida que esta se desenvolve, a influência da matéria diminui, de maneira que, nos mundos mais avançados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.
Nos mundos intermediários, o bem e o mal se misturam, e um predomina sobre o outro, segundo o grau de adiantamento em que se encontrarem. Embora não possamos fazer uma classificação absoluta dos diversos mundos, podemos, pelo menos, considerando seu estado e o seu destino, com base nos seus aspectos mais destacados, dividi-los assim, de modo geral: mundos primitivos, onde se verificam as primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiações e provas, em que o mal predomina; mundos regeneradores, onde as almas que ainda têm o que expiar adquirem novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos felizes, onde o bem supera o mal; mundos celestes ou divinos, morada dos Espíritos purificados, onde o bem reina sem mistura. A Terra pertence à categoria dos mundos de expiações e de provas, e é por isso que nela o homem está exposto a tantas misérias.
Os Espíritos encarnados num mundo não estão ligados a ele indefinidamente, e não passam nesse mundo por todas as fases do progresso que devem realizar, para chegarem à perfeição. Quando atingem o grau de adiantamento necessário, passam para outro mundo mais adiantado, e assim sucessivamente, até chegarem ao estado de Espíritos puros. Os mundos são as estações em que eles encontram os elementos de progresso proporcionais ao seu adiantamento. É para eles uma recompensa passarem a um mundo de ordem mais elevada como é um castigo prolongarem sua permanência num mundo infeliz, ou serem relegados a um mundo ainda mais infeliz, por se haverem obstinado ao mal.
Mundos Superiores e Inferiores
A Classificação de mundos inferiores e mundos superiores é antes relativa do que absoluta, pois um mundo é inferior ou superior em relação aos que se acham abaixo ou acima dele, na escala progressiva.
Tomando a Terra como ponto de comparação, pode se fazer uma idéia do estado de um mundo inferior, supondo os seus habitantes no grau evolutivo dos povos selvagens e das nações bárbaras que ainda se encontram em nosso planeta, como restos do seu estado primitivo. Nos mundos mais atrasados, os homens são de certo modo rudimentares. Possuem a forma humana, mas sem nenhuma beleza; seus instintos não são temperados por nenhum sentimento de delicadeza ou benevolência, nem pelas noções do justo e do injusto; a força bruta é sua única lei. Sem indústrias, sem invenções, dedicam sua vida à conquista de alimentos. Não obstante, Deus não abandona nenhuma de suas criaturas.
No fundo tenebroso dessas inteligências encontra-se, latente, a vaga intuição de um Ser Supremo, mais ou menos desenvolvida. Esse instinto é suficiente para que uns se tornem superiores aos outros, preparando-se para eclosão de uma vida mais plena. Porque eles não são criaturas degradadas, mas crianças que crescem.
Entre esses graus inferiores e os mais elevados, há inumeráveis degraus, e entre os Espíritos puros, desmaterializados e resplandecentes de glória, é difícil reconhecer os que animaram os seres primitivos, da mesma maneira que, no homem adulto, é difícil reconhecer o antigo embrião.
Nos mundos que atingiram um grau superior de evolução, as condições da vida moral e material são muito diferentes das que encontramos na Terra. A forma dos corpos é sempre, como por toda a parte, a humana, mas embelezada, aperfeiçoada, e sobretudo purificada. O corpo nada tem da materialidade terrena, e não está, por isso, sujeito às necessidades, às doenças e às deteriorações decorrentes do predomínio da matéria. Os sentidos, mais sutis, têm percepções que a grosseria dos nossos órgãos sufoca.
A leveza específica dos corpos torna a locomoção rápida e fácil. Em vez de se arrastarem penosamente sobre o solo, eles deslizam, por assim dizer, pela superfície ou pelo ar, pelo esforço apenas da vontade. Os homens conservam à vontade os traços de suas existências passadas, e aparecem aos amigos em suas formas conhecidas, mas iluminadas por uma luz divina, transfigurados pelas impressões interiores, que são sempre elevadas. Em vez de rostos pálidos, arruinados pelos sofrimentos e pelas paixões, a inteligência e a vida esplendem, com esse brilho que os pintores traduziram pela auréola dos santos.
A pouca resistência, que a matéria oferece aos Espíritos já bastante adiantados, facilita o desenvolvimento dos corpos e abrevia ou quase anula o período de infância. A vida isenta de cuidados e angústias, é proporcionalmente muito mais longa que a da Terra. Em princípio, a longevidade é proporcional ao grau de adiantamento dos mundos. A morte não tem nenhum dos horrores da decomposição, e, longe de ser motivo de pavor, é considerada como uma transformação feliz, pois não existem dúvidas quanto ao futuro. Durante a vida, não estando a alma encerrada numa matéria compacta, irradia e goza de uma lucidez que a deixa num estado quase permanente de emancipação, permitindo a livre transmissão do pensamento.
Nos mundos felizes, as relações de povo para povo, sempre amigáveis, jamais são perturbadas pelas ambições de dominação e pelas guerras que lhes são conseqüentes. Não existem senhores nem escravos, nem privilegiados de nascimento. Só a superioridade moral e intelectual determina as diferentes condições e confere a supremacia. A autoridade é sempre respeitada porque decorre unicamente do mérito e se exerce sempre com justiça. O homem não procura elevar-se sobre o seu semelhante, mas sobre si mesmo, aperfeiçoando-se. Seu objetivo é atingir a classe dos Espíritos puros, e esse desejo incessante não constitui um tormento, mas uma nobre ambição, que o faz estudar com ardor para os igualar.
Todos os sentimentos ternos e elevados da natureza humana apresentam-se engrandecidos e purificados. Os ódios, as mesquinharias do ciúme, as baixas cobiças da inveja são ali desconhecidos. Um sentimento de amor e fraternidade une a todos os homens, e os mais fortes ajudam os mais fracos. Suas posses são correspondentes às possibilidades de aquisição de suas inteligências, mas ninguém sofre a falta do necessário, porque ninguém ali entra em expiação. Em uma palavra, o mal não existe.
No vosso mundo, tendes necessidade do mal para sentir o bem, da noite para admirar a luz, da doença para apreciar a saúde. Lá, esses contrastes não são necessários. A eterna luz, a eterna bondade, a paz eterna da alma, proporcionam uma alegria eterna, que nem as angústias da vida material, nem os contatos dos maus, que ali não têm acesso, poderiam perturbar. Eis o que o Espírito humano só dificilmente compreende. Ele foi engenhoso para pintar os tormentos do inferno, mas jamais pôde representar as alegrias do céu. E isso por quê? Porque, sendo inferior, só tem experimentado penas e misérias, e não pode entrever as claridades celestes. Ele não pode falar daquilo que não conhece. Mas, à medida que se eleva e se purifica, o seu horizonte se alarga e ele compreende o bem que está à sua frente, como compreendeu o mal que deixa para trás.
Esses mundos afortunados, entretanto, não são mundos privilegiados. Porque Deus não usa de parcialidade para nenhum de seus filhos. A todos concede os mesmos direitos e as mesmas facilidades para chegarem até lá. Fez que todos partissem do mesmo ponto, e não dota a uns mais do que aos outros. Os primeiros lugares são acessíveis a todos: cabe-lhes conquistá-los pelo trabalho, atingi-los o mais cedo possível, ou abandonarem-se durante séculos e séculos no meio da escória humana.
Mundos de Expiações e de Provas
Que vos direi, que já não conheçais, dos mundos de expiações, pois basta considerar a Terra que habitais! A superioridade da inteligência, num grande número de seus habitantes, indica que ela não é um mundo primitivo, destinado à encarnação de Espíritos ainda mal saídos das mãos do Criador. Suas qualidades inatas são a prova de que já viveram e realizaram um certo progresso, mas também os numerosos vícios a que se inclinam são o indício de uma grande imperfeição moral. Eis porque Deus os colocou num mundo ingrato, para expiarem suas faltas através de um trabalho penoso e das misérias da vida, até que se façam merecedores de passar para um mundo mais feliz.
Não obstante, não são todos os Espíritos encarnados na Terra que se encontram em expiação. As raças que chamais selvagens constituem-se de Espíritos apenas saídos da infância, e que estão, por assim dizer, educando-se e desenvolvendo-se ao contato de Espíritos mais avançados. Vêm a seguir as raças semicivilizadas, formadas por esses mesmos Espíritos em progresso. Essas são, de algum modo, as raças indígenas da Terra, que se desenvolveram pouco a pouco, através de longos períodos seculares, conseguindo algumas atingir a perfeição intelectual dos povos mais esclarecidos.
Os Espíritos em expiação aí estão, se assim nos podemos exprimir, como estrangeiros. Já viveram em outros mundos, dos quais foram excluídos por sua obstinação no mal, que os tornava causa de perturbação para os bons. Foram relegados, por algum tempo, entre os Espíritos mais atrasados, tendo por missão fazê-los avançar, porque trazem uma inteligência desenvolvida e os germes dos conhecimentos adquiridos. É por isso que os Espíritos punidos se encontram entre as raças mais inteligentes, pois são estas também as que sofrem mais amargamente as misérias da vida, por possuírem mais sensibilidade e serem mais atingidas pelos atritos do que as raças primitivas, cujo senso moral é mais obtuso.
A Terra nos oferece, pois, um dos tipos de mundos expiatórios, em que as variedades são infinitas, mas têm por caráter comum servirem de lugar de exílio para os Espíritos rebeldes à lei de Deus. Nesses mundos, os Espíritos exilados têm de lutar, ao mesmo tempo, contra a perversidade dos homens e a inclemência da natureza, trabalho duplamente penoso, que desenvolve a uma só vez as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, na sua bondade, torna o próprio castigo proveitoso para o progresso do Espírito.
Mundos Regeneradores
Entre essas estrelas que cintilam na abóbada azulada, quantas delas são mundos, como o vosso, designados pelo Senhor para expiação e provas! Mas há também entre elas mundos mais infelizes e melhores, como há mundos transitórios, que podemos chamar de regeneradores. Cada turbilhão planetário, girando no espaço em torno de um centro comum, arrasta consigo mundos primitivos, de provas, de regeneração e de felicidade.
Já ouvistes falar desses mundos em que a alma nascente é colocada, ainda ignorante do bem e do mal, para que possa marchar em direção a Deus, senhora de si mesma, na posse do seu livre-arbítrio. Já ouvistes falar das amplas faculdades de que a alma foi dotada, para praticar o bem. Mas, ai! Existem as que sucumbem! Então Deus, que não quer aniquilá-las, permite-lhes ir a esses mundos em que, de encarnações em encarnações podem fazer-se novamente dignas da glória a que foram destinadas.
Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os felizes. A alma que se arrepende, neles encontra a paz e o descanso, acabando por se purificar. Sem dúvida, mesmo nesses mundos, o homem ainda está sujeito às leis que regem a matéria. A Humanidade experimenta as vossas sensações e os vossos desejos, mas está isenta das paixões desordenadas que vos escravizam. Neles não há mais o orgulho que emudece o coração, a inveja que o tortura e o ódio que o asfixia. A palavra amor está escrita em todas as frontes; uma perfeita eqüidade regula as relações sociais; todos manifestam a Deus e procuram elevar-se a Ele, seguindo as suas leis.
Nesses mundos, contudo, ainda não existe a perfeita felicidade, mas a aurora da felicidade. O homem ainda é carnal, e, por isso mesmo, sujeito às vicissitudes de que só estão isentos os seres completamente desmaterializados. ainda tem provas a sofrer, mas estas não se revestem das pungentes angústias da expiação. Comparados à Terra, esses mundos são mais felizes, e muitos de vós gostariam de habitá-los, porque representam a calma após a tempestade, a convalescença após uma doença cruel.
Menos absorvido pelas coisas materiais o homem entrevê melhor o futuro do que vós compreende que são outras as alegrias prometidas pelo Senhor aos que se tornam dignos, quando a morte ceifar novamente os seus corpos, para lhes dar a verdadeira vida. É então que a alma liberta poderá pairar sobre os horizontes. Não mais os sentidos materiais e grosseiros, mas os sentidos de um perispírito (invólucro fluido que serve de ligação entre o corpo e o espírito - para o espiritismo, a alma da pessoa que viveu na Terra ou em outros mundos, fora do seu envoltório material) puro e celeste, aspirando às emanações de Deus, sob os aromas do amor e da caridade, que se expandem do seu seio.
Mas, ah! nesses mundos o homem ainda é falível, e o Espírito do mal ainda não perdeu completamente o seu domínio sobre ele. Não avançar é recuar, e se o homem não estiver firme no caminho do bem, pode cair novamente em mundos de expiação, onde o esperam novas e mais terríveis provas. Contemplai, pois, durante a noite, na hora do repouso e da prece, essa abóbada azulada, e entre as inumeráveis esferas que brilham sobre as vossas cabeças, procurai as que levam a Deus, e pedi que um mundo regenerador vos abra o seu seio, após a expiação na Terra.
Progressão dos Mundos
O progresso é uma das leis da natureza. Todos os seres da Criação, animados e inanimados, estão submetidos a ela, pela bondade de Deus, que deseja que tudo se engrandeça e prospere. A própria destruição, que parece, para os homens, o fim das coisas, é apenas um meio de levá-las, pela transformação, a um estado mais perfeito, pois tudo morre para renascer, e nada volta para o nada.
Ao mesmo tempo em que os seres vivos progridem moralmente, os mundos em que eles habitam progridem materialmente. Quem pudesse seguir um mundo em suas diversas fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros átomos da sua constituição, o veria percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas em graus insensíveis para cada geração, e oferecer aos seus habitantes uma morada mais agradável, à medida que eles também avançam na senda do progresso. Assim marcham, paralelamente, o progresso do homem, o dos animais seus auxiliares, o dos vegetais e o das formas de habitação, porque nada fica estacionário na natureza.
Quanto esta idéia é grandiosa e digna da majestade do Criador! E como, ao contrário, é pequena e indigna do seu poder aquela que concentra a sua solicitude e a sua providência no imperceptível grão de areia da Terra, e restringe a Humanidade a algumas criaturas que o habitam!
A Terra, seguindo essa lei, esteve material e moralmente num estado inferior ao de hoje, e atingirá, sob esses dois aspectos, um grau mais avançado. Ela chegou a um de seus períodos de transformação, e vai passar de um mundo expiatório a mundo regenerador. Então os homens encontrarão nela a felicidade, porque a lei de Deus a governará.

(Definições extraídas da Obra "O Evangelho Segundo o Espiritismo" - Cap. III - Allan Kardec.)

sábado, 6 de outubro de 2012

Atividade aula das "Bem Aventuranças" É como se fosse um quebra cabeças, que a criança vai montar.


É como se fosse um quebra cabeças, que a criança vai montar. Como pode ver, tem a virtude desenhada e escrita, então, pode ser aplicada para os pequenos, desde que se leia para eles. Depois de dar o conteúdo, usei como atividade.
Quando dei essa aula, fiz um cartazão, com a passagem bíblica (Mateus, cap. 5, a partir do versículo 1) ilustrada (as mesmas ilustrações e outras). Eram crianças de 5 anos e eu levei a passagem do evangelho como está na bíblia. Elas foram me ajudando a colar no painel e escolhiam as figuras que tinham a ver com o que eu explicava a respeito da passagem evangélica. No painel já tinha uma figura de Jesus, bem grande, desenhada.
Agora a atividade: recortei as peças, onde está pontilhado, coloquei no envelope. Coloquei mais duas peças que não encaixam:

Não coloquei nada escrito. A criança já sabe que não é alguma coisa que Jesus ensinou.
Entreguei um envelope para cada criança, e uma folha em branco, para ela montar o quebra-cabeças, colando.
Dica: Colorir antes de colar. Peça a criança para colorir só o que Jesus ensinou. Então, ela monta. Você pode ajudá-la, claro.

domingo, 2 de setembro de 2012

Aula - Jesus e Seus Exemplos de Humildade


JESUS E SEUS EXEMPLOS DE HUMILDADE
Evangelho Seg. o Espiritismo – Cap. 7 – “Bem-aventurados os pobres de espírito”
Objetivos:
- Identificar na manjedoura a primeira lição de
 humildade trazida por Jesus aos homens;
 - Compreender que atendendo aos rudes
 labores da carpintaria com José, Jesus
 oferece-nos o exemplo da humildade na
 excelência do trabalho honesto para
 dignificação do espírito;
 - Conscientizar que Jesus subsistindo na
 condição de Espírito puro, encarnou na Terra e
 viveu entre os homens como homem simples;
 - Reconhecer nos ensinamentos de Jesus
 como o do perdão e amor aos inimigos uma
 atitude de humildade;
 - Compreender a humildade de Jesus que,
 grande em sabedoria e amor, convida doze companheiros simples para colaborar com Ele na difusão do seu evangelho.
- Reconhecer na passagem evangélica um de seus exemplos mais belos, Jesus lavando os pés de seus discípulos, assim demonstrando a maior lição de humildade e submissão à vontade de Deus; nessa sua ação deixa a lição clara para que O sigamos, que façamos aos nossos semelhantes tudo àquilo que gostaríamos que nos fizessem.
Referências bibliográficas: Evangelho Seg. o Espiritismo – Cap. 7 e 12; Evangelização Conteúdo Programático da União Espírita Mineira BH/MG; Evangelho da meninada; Lucas, 2; Filipenses 2:5; 2Corintios 8-9; João 13: 5-14; Filipenses 2. 6-8.- Elucidações Evangélicas – Antonio Luiz Sayão; Pensamento e Vida Emmanuel/F.C.Xavier), cap. 24; Religião dos Espíritos (Emmanuel/F.C.Xavier), cap. 17
DESENVOLVIMENTO:
Primeiro Momento:
1) Incentivarão inicial:
Mostrar às crianças a figura de uma pequena manjedoura, perguntando-lhes o que aquele objeto as faz recordar.
Caso elas não consigam responder, estimular-lhes a lembrança do nascimento de Jesus, que teve por berço uma manjedoura (cocho para colocar comida para animais), em uma estrebaria.
2) Desenvolvimento: Exposição dialogada com exposição de imagens.
Desenvolver com as crianças uma conversa baseada nos seguintes itens:
- Jesus podia ter nascido num palácio como um rei, poderia ter muitos servos, andar em lindas carruagens ou lindos animais, pois era os veículos da época, vestir finas roupas, mas não o fez.
- Sua primeira cama foi uma manjedoura, lugar onde comem os animais. Nem num quarto bonito ele nasceu. Nasceu onde os animaizinhos vivem e dormem. Não se vestiu com lindas peças de roupas, foi enfaixado com paninhos, e mesmo depois quando adulto, vestia uma túnica rústica e sandálias de couro nos pés, e saia falando aos homens da Terra sobre o Amor que devemos ter uns pelos outros.
E porque será era tão simples assim? Será que Ele queria nos ensinar algo?
Jesus é tão puro e bom, veio de um mundo todo de luz, uma das moradas dos Espíritos puros, veio viver com nós uns tempos aqui conosco nesse mundo imperfeito. Ele veio trazer algo muito importante sim, que será? Vamos descobrir o que é? Prestem muita atenção para descobrirem essas questões.
(Figura - Manjedoura) Esse foi o primeiro berço de Jesus. È um lugar onde comem os animais. Ela simboliza ou representa que Jesus traz o alimento essencial, a substância para alimentar nosso espírito Amor.
(Figura - O Estábulo) Não importa se vivemos em palácio ou num casebre, o que trazemos no coração é nosso maior tesouro. Quais os verdadeiros tesouros do coração? São as virtudes. Sabem o que significa a palavra virtude? Virtudes são qualidades (coisas boas) que devemos nos esforçar por conquistar ou já conquistamos, com relação as nossas atitudes, pensamentos e sentimentos.
Pois bem, Jesus é muito rico, o estábulo onde nasceu ensina que valemos pelo que somos, e não pelo que possuímos na Terra.
(Figura Jesus na manjedoura) – Nos preocupamos em vestir lindas roupas, nos enfeitar e ficar bonitos, mas Jesus não se preocupava com isso, pois os Espíritos Superiores se ocupam com o que verdadeiramente é importante para o espírito. O que é importante para o espírito? (As virtudes – pedir que citem exemplos)
(Figura - Jesus carpinteiro) – A família de Jesus era simples, sua casa, os objetos. Seu pai trabalhava como carpinteiro, era um artesão, e desde cedo ensinou Jesus a profissão. Jesus trabalhava arduamente com seu pai desde jovem, e quando José desencarnou, trabalhou mais para ajudar Maria, sua mãezinha. Mas, trabalhando assim, ensinou algo - tem uma lição importante, qual é?
(Figura - Os Apóstolos) – Jesus possuía grande sabedoria, mas também com tanto amor que tinha no coração! Ele era chamado Mestre por todos. Mestre é alguém que tem muita sabedoria e que age conforme ensina. Jesus tinha a sabedoria para ensinar todas as coisas que dizem respeito ao Espírito.
Quando chegou o momento d’Ele sair de casa e trazer instruções e ensinamentos que Deus, nosso pai, o enviou para transmitir a nós, os homens, Ele saiu e escolheu alguns amigos e companheiros para poder ajudá-lo. Era uma tarefa muito importante de muita responsabilidade. E Jesus não escolheu as pessoas mais inteligentes, nem as mais cultas, ricas ou importantes da época. Não foi assim. Ele escolheu pessoas simples, pobres, de pouco estudo, que tinham defeitos e dificuldades, mas tinham muita vontade de aprender e ajudar o semelhante.
(Figura - Os seguidores de Jesus) – Muitas pessoas seguiam Jesus quando Ele saía às ruas, e Ele aproveitava esses momentos para em todos os lugares, nas casas, ruas, estradas, templo, a beira do mar, nos montes, ensinar Amar o próximo e querer bem a todos os semelhantes. Pois então conversava com as pessoas, fazia palestras (longas conversas) e contava pequenas parábolas, pequenas histórias que serviam de exemplos e ajuda a compreender seus ensinamentos. Ele tem muito amor por nós, nós somos seus irmãos mais novos e temos muito que aprender com Ele, e sabia disso.
Ele atraia multidões. Alguns eram apenas curiosos: ouviam e iam embora. Outros queriam apenas ser curados pelo Mestre ou vê-lo praticando curas. Mas muitos eram tocados no coração pelo Mestre, com suas palavras e seu jeito tão doce e sincero de ser. Esses seguiam Jesus em suas viagens, sedentos de saber mais, de se melhorarem como pessoas.
Alguns desses seguidores eram mulheres:
Maria de Betânia (irmã de Marta e Lázaro)
Maria de Magdala (Jesus a curou de uma obsessão)
Maria (esposa de Alfeu e mãe do apóstolo Tiago Menor)
Salomé (esposa de Zebedeu e mãe de Tiago Maior e de João)
Joana (esposa de Cuza, procurador de Herodes).
(Figura - Jesus lavando os pés de seus discípulos) – Vocês conheceram alguém muito bom que faz o bem todo o tempo, e ainda quer que sejamos tão bons quanto ele, e mais? É o nosso irmão mais velho, Mestre, Modelo e Guia, Jesus.
Um dia, Ele fez um gesto de muita grandeza e com esse gesto mostrou como devíamos amar nosso próximo.
Prestem muita atenção no que vou contar.
De acordo com o costume da hospitalidade do povo da época de Jesus, um escravo lavava os pés dos convidados que tinham enfrentado o pó e a lama das estradas. E aquele dia foi a ultima ceia dos discípulos com Jesus, e por algum motivo, naquele dia nenhum escravo estava presente para cumprir esta tarefa. Chegaram os discípulos então no cenáculo (lugar onde faziam a refeição) e esperaram que alguém lavasse seus pés. Mas nenhum escravo estava presente, então sentarão à mesa com os pés ainda sujos não querendo nenhum deles assumir o papel do servo, mas Jesus percebendo-lhes o orgulho em seus corações aceitou a humilde responsabilidade, pegou a toalha a bacia e pôs-se a lavar os pés de Pedro. Pedro protestou, pois ele julgava inconveniente o Mestre lavar os pés de um discípulo, mas Jesus disse-lhe: "O que faço não entenderá agora, mas entenderás depois" e Pedro continuou a protestar indignado, e então Jesus disse: "Se Eu não te lavar, não poderás ir comigo”. É uma forma simbólica que Jesus usou para dizer que devemos livrar-nos das impurezas de nossa alma para viver um dia no seu reino de luz. Essa ação de Jesus é um convite para renovação, para deixar o orgulho e sermos humildes, para que O sigamos e que seremos amados se amarmos e devemos fazer pelos outros que queremos que os outros nos façam. Por isso, se desejam amor dêem amor e sejam humildes, sejam prestativos e não orgulhosos.
- As pessoas que se julgam superiores às outras por terem mais coisas, ou serem mais bonitas ou inteligentes, apenas demonstram que não conhecem a Verdade ensinada por Jesus, e constroem suas vidas baseadas em ilusões, em mentiras que, mais tarde, poderão lhes trazer grandes decepções, muito sofrimento.
Os atos de orgulho servem apenas para nos tornar antipáticos, solitários e infelizes, pois que afastam de nós as pessoas, com as alegrias das descobertas e da convivência fraternal e gentil.
- Jesus deixou muitos ensinamentos, de paz, caridade, amor, amizade, respeito, honestidade. Falou do perdão, que devemos perdoar não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete, e quando Jesus disse assim, Ele estimulava-nos a perdoar sem restrições, quantas vezes fossem necessárias, em favor de nosso próprio equilíbrio espiritual, e jamais asilou ressentimentos ou mágoas, mesmo contra aqueles que o crucificaram.
Explicou, também, que Deus é um Pai bondoso e justo e que não devemos temer a Deus, mas confiar nele e amá-lo, que todos os homens são irmãos, filhos do mesmo Deus, pai de amor e misericórdia.
Recomendou a nós perdoar e amar aos inimigos esquecendo as ofensas, vendo-os como irmãos não lhes desejando o mal, pois todos estão sujeitos ao erro e por isso necessitamos do perdão alheio.
O perdão e amor aos inimigos é uma atitude de humildade. Quem segue esses ensinamentos desenvolve em seu coração o amor fraterno.
- Tem muitas coisas que nós AINDA não poderemos realizar como ele. Mas, um dia chegaremos a fazer, pois Jesus afirmou que tudo que Ele fazia, nós também poderíamos fazer, e até mais, reforçou o ensinamento que somos Espíritos criados por Deus com idênticas possibilidades, dependendo de cada um, de seus esforços e atitudes, se fazer mais feliz.
Mas para chegar até Ele o que devemos aprender com o Mestre Jesus? Humildade e Amor ao próximo. Jesus demonstrou sentimentos e atitudes que são exemplo de vida para nós. São referenciais que devemos tomar para as nossas vidas, não devemos nunca nos esquecer que Ele é o farol que deve iluminar nosso caminho.
Terceiro momento: Contar a história a “Manjedoura” de Roque Jacinto.
Segundo Momento:
Fixação: Exercício escrito.
Prece Final