domingo, 17 de abril de 2011

Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil


O currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil, organizado pela Federação Espírita Brasileira – FEB é um programa que visa nortear o trabalho de evangelização de crianças e jovens, provendo as diversas faixas etárias, e desenvolvendo os assuntos de modo seqüencial, dando uma visão ampla e profunda do Evangelho e da Doutrina Espírita.
Cecília Rocha, com o amparo da Espiritualidade Superior, coordenou a elaboração do primeiro currículo, lançado pelo DIJ/FEB em 09/10/1977. No ano de 2007, após criteriosa revisão, foi reeditado uma nova versão do currículo que se encontra disponível nas Federativas e/ou Casas Espíritas.
O currículo organizado para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil contém a direção, o roteiro para se atingir os objetivos básicos da evangelização que são:
a) Promover a integração do evangelizando consigo mesmo, com o próximo e com Deus;
b) Proporcionar ao evangelizando o estudo da lei natural que rege o universo; da “natureza, origem e destino dos Espíritos bem como de suas relações com o mundo espiritual”;
c) Oferecer ao evangelizando a oportunidade de perceber-se como homem integral, crítico, consciente, participativo, herdeiro de si mesmo, cidadão do Universo, agente de transformação de seu meio, rumo a toda perfeição de que é suscetível.
No programa curricular são sugeridos conteúdos específicos para cada faixa etária, de acordo com o desenvolvimento biopsicossocial e espiritual do evangelizando, associando sempre os conhecimentos adquiridos com as situações vivenciadas. Embora o programa apresentado não indique os métodos, técnicas ou procedimentos a serem adotados, determina os conteúdos evangélico-doutrinários a serem desenvolvidos, facilitando o aprendizado contínuo e ordenado.
Desse modo, o currículo, ao ser trabalhado por todos os ciclos, em todas as Casas Espíritas, oferece os temas a serem desenvolvidos em cada aula, em uma ordem harmônica e coerente, e se o evangelizando mudar de cidade ou de Casa Espírita seguirá o programa pré-estabelecido, sem prejuízo ao seu aprendizado.
No livro Pelos Caminhos da Evangelização, Cecília Rocha elucida: “O ensino da Doutrina Espírita deve ser organizado mediante experiências de aprendizado, cujas características aqui reproduzimos:
- Dinâmicas desafiadoras – que despertando o interesse e a curiosidade do evangelizando, proporcionem sua participação ativa, levando-o à aplicação de soluções evangélico-doutrinárias para resolver os problemas cotidianos;
- Significativas – que possam ser compreendidas e assimiladas pelo evangelizando, conforme objetivos preestabelecidos, de acordo com o seu nível de interesse;
- Encadeadas – que obedeçam a uma determinada seqüência gradativa: do mais fácil para o mais difícil; do mais simples para o mais complexo; da parte para o todo; do próximo para o distante; do conhecido para o desconhecido; das experiências concretas para as abstratas;
- Individuais – que estejam ao nível de cada evangelizando, em particular, permitindo o atendimento às diferenças individuais, pois embora o desenvolvimento se processe por leis universais, condicionam-se às circunstâncias cármicas particulares (condições biopsico-socioeconômico-culturais e espirituais);
- Grupais – que proporcionem ao evangelizando atividades com outros evangelizandos, facilitando o processo de convivência fraterna nos padrões de solidariedade e de tolerância, aproveitando-se o ensejo para estabelecimento de laços afetivos e formação de grupos espontâneos – característica do processo de socialização da criatura na infância e na adolescência.
Além disso, na introdução do currículo são enumeradas atitudes perante o evangelizando (e perante si mesmo) que o evangelizador deve buscar desenvolver:
a) Conhecer os conteúdos doutrinários;
b) Ser um referencial de comportamento ético, à luz dos ensinamentos de Jesus;
c) Estar convencido de que a Evangelização Espírita contribuirá para a transformação da Humanidade;
d) Ter entusiasmo pela tarefa;
e) Ser flexível e receptivo na aquisição de novos conhecimentos;
f) Ter visão integral do Currículo da Evangelização e de sua inserção no Movimento Espírita;
g) Saber escolher metodologias que possibilitem ao evangelizando elaborar e expressar seu conhecimento;
h) Ter sensibilidade para se avaliar, considerando seu papel de mediador entre o conhecimento, o aluno e sua realidade.
Assim, o currículo de evangelização da Federação Espírita Brasileira – FEB é direção segura, indicador de que estamos no caminho certo, plantando a boa semente do Evangelho, que dará frutos a médio e longo prazo, desabrochando pensamentos e atitudes evangélico-morais em uma nova geração.
Evangelizar é plantar. Evangelizar é dar continuidade ao Movimento Espírita, pois os evangelizandos de hoje são os trabalhadores Espíritas de amanhã. Evangelizar é investir na família do futuro. Evangelizar é colaborar com Jesus na construção de um mundo melhor.

Infância + Evangelho = Mundo Renovado

Claudia Schmidt