sexta-feira, 27 de maio de 2011

Aulas Dinâmicas melhoram aprendizagem.



 
Quando o assunto é nível de
aprendizagem, palestras e aulas
expositivas estão na lanterninha dos
métodos educacionais.
Notícia publicada pela Revista NOVA
ESCOLA, Edição de Novembro/2000,
revela o resultado de um interessante
estudo realizado pelo NTL Institute for
Applied Behavioral Science, especializado em comportamento humano.
Pessoas aprendem melhor através de exercícios práticos, atividades lúdicas e
dinâmicas de grupo.
O uso de métodos audiovisuais chega a ser quatro vezes mais eficiente do que as
palestras. Discussões em grupo são dez vezes mais eficientes.
Os índices referem-se à quantidade de informações retidas em relação ao conteúdo
abordado.
"Aprendemos mais quando somos levados a refletir e a estabelecer relações", diz o
professor Sérgio Leite, do Departamento de Psicologia Educacional da Unicamp.

Autora: Rita Foelker

Evangelizadores 10 Região precisamos nos estruturar para uma maior assimilação dos conteúdos por parte de nossas crianças e jovens.
abraços fraternos
G.Teixeira
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Aula com Tecnica : Virtudes


 
Objetivo: Compreender algumas virtudes e seu papel na nossa evolução espiritual. De 10 a 14 anos.
Material: (para o coordenador).
Folha de papel Kraft, cola, tiras de papel, canetinhas, folha de questões e respostas.
Divida a turma em duas ou três equipes e desenhe, numa folha de papel Kraft, uma escada de dez degraus para cada uma.
Entregue dez tiras de papel para cada equipe escrever suas respostas.
As tiras devem ser da mesma altura dos degraus e largas o suficiente para caberem as palavras.. Explique que vamos fazer um jogo. Você dará algumas pistas para descobrir o nome de uma virtude.
Cada equipe terá 20 segundos para dialogar e responder, numa palavra, a que virtude você está se referindo. Veja abaixo as dez questões e respostas:
 
Saber esperar nossa vez e não ficar irritado quando as coisas demoram são mostras desta virtude. Como se
chama? PACIÊNCIA
Ajuda-nos a colocar idéias em ação e faz com que nos sintamos úteis. Tudo - os livros, as casas, a comida, as invenções - é fruto dele. O que é, o que é? TRABALHO.
Dar a cada um segundo suas obras e seu merecimento faz parte desta virtude. Qual é ela? JUSTIÇA.
Saber agradecer pelo que temos e recebemos todos os dias é o significado desta virtude. Como se chama? GRATIDÃO.
Feita de palavras e ações, é a virtude que nos pede para cumprir nossos deveres e promessas. Quem a possui faz sempre o melhor possível. Qual é ela? RESPONSABILIDADE.
Quem ajuda, estende a mão a quem precisa, põe em prática esta virtude. Qual é ela? CARIDADE.
Transparente e sincera, não finge nem inventa de ser o que não é. Quem é? SIMPLICIDADE.
Estabelecer objetivos e levá-los a sério, fazendo o que for necessário para atingi-los, sem desanimar, fazem parte desta virtude, que é a ... DISCIPLINA.
Aceitar um desafio ou resolver um problema? Quem possui esta virtude não tem medo de enfrentar dificuldades. O que é, o que é? CORAGEM.
Querer bem e gostar são parte de um sentimento que faz a vida valer a pena, e que se chama... AMOR.

8) Opção: a equipe que se lembrar das virtudes que faltaram na sua escada e escrever numa folha separada ganhara ponto extra, ou como o evangelizador ter por melhor didatica.

As respostas corretas serão coladas na escada, começando de baixo para cima. As respostas erradas não serão usadas. Vence a equipe que chegar mais alto.
Peça para um representante de cada equipe desenhar uma "pessoinha" no degrau onde conseguiram chegar.
No final, equipe vencedora irá abraçar os demais jogadores.
Diálogo: Olhando para estas escadas, podemos compreender um pouco como é que os Espíritos evoluem moralmente. Quanto mais virtudes conquistamos para nosso coração, significa que mais evoluímos. Mas não basta tê-las, é preciso agir com elas e sempre aprimorá-las...
Por: G. Teixeira.
Baseado na atividade proposta por Selma Said em seu livro "Meu Coração Perguntou", Ed.Vozes.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Procura-se um amigo

 
1. Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimento, basta ter coração.

2. Precisa saber falar e saber calar, sobretudo, saber ouvir.

3. Tem que gostar de poesia, da madrugada, de pássaros, do sol, da lua, do canto dos ventos e do murmúrio das brisas.

4. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.

5. Deve amar ao próximo e respeitar a dor que todos os passantes levam.

6. Deve guardar segredo sem se sacrificar.

7. Não é preciso que seja de primeira mão, nem mesmo é imprescindível que seja de segunda mão; pode já ter sido enganado (todos os amigos são enganados).

8. Não é preciso que seja puro, nem que seja de todo impuro, mas, não deve ser vulgar.

9. Deve ter um grande ideal e medo de perdê-lo; no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa.

10. Tem que ter ressonâncias humanas; seu principal objetivo deve ser de ser amigo; deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.

11. Deve ser D. Quixote sem, contudo, desprezar Sancho Pança.

12. Deve gostar de crianças, lastimar as que não puderam nascer e as que não puderam viver.

13. Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos; que se comova quando chamado de amigo; que saiba conversar de coisas simples, de orvalho, de grandes chuvas e de recordações de infância.

14. Precisa-se de um amigo para não enlouquecer, para se contar o que se viu de belo ou de triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.

15. Deve gostar de ruas desertas, de poças de chuva, de caminhos molhados, de beira de estrada, do mato depois da chuva e de se deitar no capim.

16. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar, para não se viver debruçado no passado em busca de memórias queridas.

17. Precisa-se de um amigo que nos bata no ombro, sorrindo e chorando, mas, que nos chame de amigo.

18. Precisa-se de um amigo que creia em nós.

19. Precisa-se de um amigo para se ter consciência de que ainda se vive.

Meimei

Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Por: G.T.

As Missões dos Espíritos

 
Os Espíritos buscam a perfeição. Além disso, trabalham para que haja paz no Universo, por ser esse o plano de Deus. E trabalham sem parar, uma vez que não possuem corpos que ficam cansados, sejam eles puros, bons ou imperfeitos. Cada qual fazendo a sua parte.

O trabalho dos Espíritos se dá pelo pensamento. Suas missões tem como objetivo o bem, ajudar os homens a evoluírem no amor fraternal (de irmãos) por seus semelhantes. E conforme evoluímos, desejamos ajudar os outros, pois isso nos fará mais felizes, dará sentido às nossas vidas. Portanto, tenhamos como missão ser bons irmãos, filhos e pais. Se assim agirmos, estaremos cumprindo a vontade de Deus.


O Livro dos Espíritos para infância e juventude Vol. I, por Marisa Alem, cap. IX, ( a partir de “O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec)

Por: G. Teixeira

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Aula para infancia O Filho Prodigo


O Evangelizador deverá c ontar a parábola do Filho Pródigo, tendo antes explic ado o que é parábola e porque Jesus se valia desse método de ensino.
Um certo homem tinha dois filhos;
E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a
fazenda.
E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente.
E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
E, foi, e chegou-se a um dos c idadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos.
E desejava encher seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.
E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!
Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;
Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.
E, levantando-se, foi para o seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima
compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
E o filho lhe disse: Pai pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.
Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa o melhor vestido, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés;
E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos; e alegremo-nos;
Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.
E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças.
E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.
E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu sã o e s a l v o .
Mas ele se indignou, e não queria entrar. E, saindo o pai, instava com ele.
Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e
nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos;
Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou a tua fazenda com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.
E ele disse ao filho: Filho, tu sempre estás comigo e todas as minhas coisas são tuas;
Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.”
Por G,T.

domingo, 15 de maio de 2011

Aula: Fenomenos Espírita e as Mesas Girantes ( Hydesville) para Crianças

Os Fenômenos ocorridos com os membros da família Fox em 1848 na pequena Aldeia de Hydesville, contribuíram de forma decisiva para o surgimento de novos conceitos espiritualistas na sociedade da época.
Através das comunicações do espírito Charles B. Rosma com os Fox, iniciou-se um grande movimento, que em princípio caracterizava-se como divertimento, mas com o passar do tempo, tornou-se a fonte de pesquisa que desvendaria os mistérios do mundo dos mortos.

A mediunidade das duas meninas, Kate e Margareth Fox, foi o ponto de partida de uma onda de fenômenos que aconteceu no país americano com repercussão no mundo inteiro.

Nesse trabalho, os interessados encontrarão informações sobre diversos fatos importantes na vida da família Fox. Cada tema é acompanhado de figuras leves que representam o ocorrido. Entretanto, em alguns casos, os textos e as figuras explicarão de forma científica os acontecimentos mediúnicos vividos pelo grupo.
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Localização de Hydesville
Em 1848 a aldeia de Hydesville, localizada no condado de Wayne, Estado de New York, distante 30 km da cidade de Rochester, era um pequeno aglomerado de casas de madeiras com uma típica população de agricultores.

<><><><>A Cabana de madeira onde a família Fox residiu durante alguns anos, tinha uma suposta divisão dos cômodos da seguinte forma:  A sala, cozinha e dispensa ficavam no térreo; o quarto do casal e o das meninas  no pavimento superior; o banheiro na parte externa e o porão, onde eram guardados diversos materiais da família, ficava no sub-solo.
 Os Moradores da cabana
Duas famílias antecederam os Fox: Os Bell de 1844 até 1846 e os Weckman que residiram alguns meses de 1847. Elas presenciaram fenômenos misteriosos durante suas estadias e esse foi o motivo pelos quais saíram de lá. Os Fox vieram habita-la somente em 11 de Dezembro de 1847.









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A Família Fox
Era formada por John e Margareth Fox, suas filhas Kate de 11 e Margareth de 14 anos e mais cinco filhos; Leah Undehill, professora de música, residente em Rochester; David e Marie Fox moradores de cidades próximas a Hydesville e outros dois filhos que historicamente não se sabe muito, exceto que o primogênito morreu com dois anos.
Os Fenômenos
Os estranhos ruídos que expulsaram os inquilinos que antecederam os Fox só começaram a acontecer no início de 1848. Batidas, estalos de madeiras, pisadas de pessoas invisíveis vindo de diversos locais da casa, sons de objetos caindo no telhado, eram ouvidos por todos sem nenhuma causa aparente. A conclusão obvia era que a casa estava possuída pelo demônio. Mas, foi em 31 de março do mesmo ano que...
31  DE  MARÇO  DE  1848 
Nesse dia os sons tornaram-se intensos. John e sua esposa Margareth começaram novamente a investigar a origem, sem resultados. Mas, um fato veio mudar tudo. Kate, numa peculiar brincadeira de criança desafia o ser invisível a repetir os sons que ela faria. Bateu palmas e pancadas semelhantes foram ouvidas. A surpresa foi geral e a Senhora Fox, agora mais segura, perguntou a idade de cada filho no que foi satisfeita com um número de batidas correspondentes a cada um deles. Questionou também sobre quem era o causador dos distúrbios, como morrera, etc. Pediu para que as respostas viessem através de uma pancada que representasse o "SIM" e duas o "NÃO". Dessa forma, iniciou-se um importante diálogo que ficaria na história. 
A data de 31 de março de 1848 ficou marcada como sendo a da primeira comunicação telegráfica realizada os espíritos.
As pancadas e as letras do alfabeto
N
o primeiro diálogo entre o espírito comunicante e a Sra Margareth, foi utilizado uma forma rudimentar de comunicação em que as perguntas eram formuladas e a resposta vinha através de duas batidas representando a confirmação e uma para a negação. Mas, após alguns dias de intercâmbio, um tal Isaac Post, morador da cidade de Rochester, utilizou do método de aplicar um número de pancadas que correspondessem a posição da letra no alfabeto. Vejamos: para a letra "A" tinha-se uma batida, para o "B" duas e assim por diante.
A partir de então, pode-se descobrir detalhes sobre o espírito
Charles B. Rosma...

Escavações
No dia 01 de Abril, após as informações fornecidas por Charles Rosma, foi iniciada escavações no porão da residência com o objetivo de confirmar a existência do suposto cadáver morto quatro anos antes.....

Charles MortoAs escavações realizadas após a noite de 31 de março de 1848 não deram o resultado esperado que confirmassem as informações trazidas  por Charles B. Rosma. Somente em 1904 uma das paredes da antiga adega desmorona e deixa a mostra um esqueleto humano comprovando definitivamente as questões levantadas cinquenta e seis anos antes...

Rochester
Após a comoção sentida na aldeia de Hydesville, trantornados pelo grande assedio que os fenômenos na cabana tinha provocado nas redondezas, o casal fox resolve enviar as duas irmãs a cidade de Rochester, onde morava Leah, a filha mais velha. Lá com certeza, pensaval eles, as duas meninas estariam seguras. E assim ocorreu algumas semanas após os fatos de 31 de março de 1848...

As Três Irmãs
Com a chegada das irmãs Kate e Margareth na residência de Leah em Rochester, os fenômenos começaram a se repetir de forma similar ao ocorrido em Hydesville. Porém, as pertubações tornaram-se mais intrigantes porque eram acompanhadas de vários fenômenos visuais, sempre na presença de muitas pessoas. Rapidamente toda a cidade soube dos fatos, causando muita
confusão para as três irmãs, provocando, inclusive, a parada das aulas de música que Leah lecionava em casa.
Apavoradas com o que acontecia, as três pediram ao espírito responsável pelos fenômenos, que finalizasse-os definitivamente. A contragosto do ser invisível, os misteriosos fenômenos pararam. Mas...


Corinthian Hall
A paralização das comunicações espirituais na casa de Leah logo foram reiniciadas a pedidos das tres irmãs que as consideraram muito importantes para a humanidade. Elas não tinham direito de interroper o curso das manifestações. Mas, os espíritos logo se pronuciaram pedindo que fossem feitas reuniões públicas no maior salão da cidade. De início a ideia não foi bem aceita por todos, entretanto, alguns dias depois, já convencidas, participaram do primeiro evento público espiritualista realizado no Corinthian Hall, em Rochester.

Na epóca dessa reunião, que aconteceu durante quase duas décadas, o grande salão era utilizado por grupos de americanos abolicionistas liderados por Frederic Douglas.
Com isso chega-se a conclusão que devido a atenção da América em Rochester, os fenômenos espirituais foram imediatamente percebido pelo mundo...

Kate e a Europa
As notícias sobre os fenômenos que aconteciam em Rochester se propagaram por todo o continente americano, chegando até a Europa. Por isso, em 1871 Kate viaja até Londres onde participa de muitas reuniões públicas.
Essa viagem é considerada o ponto para o surgimento do Espiritismo na Europa. Os fenômenos provocados com a presença de Kate Fox foi investigado por vários estudiosos, entre eles o professor William Crookes, célebre descobridor dos raios catódicos e do elemento químico Tálio...

 Por: G.T.CRE10

 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Prática e Teorias na Evangelização Espírita



Aliar a prática à teoria, nos meios educacionais, é um desafio enfrentado por muitos.
As teorias não são poucas, e parecem tão bem concatenadas nos livros onde as aprendemos,
que provavelmente (pensamos) não conseguimos aplicá-las por alguma falha nossa.
Dentro deste quadro, existem alguns pensamentos que gostaríamos de compartilhar com você.
Inicialmente, a respeito do valor de uma teoria, se o consideramos absoluto ou relativo.
Muitos dos educadores que conhecemos elegem uma teoria educacional porque parece ser a mais de acordo com as suas observações, ou a que melhor combina com seus traços de personalidade, e a elevam a uma espécie de altar de adoração. Tomam a sua concepção como perfeita, integrada, independente do fato de nem sempre corresponder às contingências da vida prática.
Nos casos concretos que insistem em não se encaixar, eles hão de sentir-se, com frequência, mais ou menos perdidos. Afinal, aquilo em que sempre acreditamos parece não ajudar todas as vezes que precisamos...
Que crença se oculta por trás deste pensamento, de que a prática vem em segundo plano, e deve(ria) se submeter às teorias? A crença no valor absoluto, inquestionável, do conhecimento teórico, o qual enrijece nosso raciocínio e dificulta, em vez de facilitar, nossa prática.
Vamos agora experimentar uma hipótese diferente: digamos que o valor de qualquer teoria, por melhor e mais bem construída que ela seja, não é absoluto, mas relativo.
Afinal, de onde vem uma teoria? Ela surge da prática de alguém que fez algumas experiências, observações e/ou descobertas, e publicou o seu resultado, na intenção de que fosse transmitida às outras pessoas.
Toda teoria é uma concepção humana, e todo ser humano tem sua limitação. Por isso, o valor de uma teoria é relativo às condições em que as descobertas foram feitas, à isenção moral do seu criador, à quantidade de informações às quais teve acesso, e a uma série de fatores que poderíamos enumerar, inclusive às suas crenças pessoais.
Não descartamos a importância das teorias em razão de sua relatividade, afinal, muitas delas realmente nos ajudam, mesmo, a entender fatos da vida. Aliás, qual a verdadeira razão de ser de uma boa teoria, senão o de dar suporte à prática que se quer iniciar?
Mas não se pode esquecer que, ao aproximar a teoria da nossa prática, também nós estamos fazendo experiências, observações e/ou descobertas que o autor talvez não tivesse possibilidade de fazer, por razões que não cabe analisar agora.
Fazemos descobertas a partir da nossa realidade, da nossa possibilidade de observação e ação, e também formulamos nossas teorias pessoais a partir do que vivemos. Um exemplo simples: depois de termos saído de casa às oito horas, durante alguns dias, e termos perdido o ônibus várias vezes, estabelecemos para nós que é preciso sair às cinco para as oito, se não queremos ficar sem condução.
Todos os seres humanos estão tirando conclusões a partir do que vivenciam, conclusões que utilizam para se orientar na vida. Onde estas teorias diferem daquelas a que nos referimos anteriosmente, é na importância e extensão do tema, e na aplicabilidade dos resultados no maior número possível de situações reais.
A teoria de Piaget sobre o desenvolvimento moral da criança é bastante elucidativa, e funcional. Mas o conhecimento do Espiritismo nos permite entendê-la mais profundamente,como desenvolvimento do senso moral do Espírito, o que Piaget não podia ter feito, até porque, era ele materialista. Contudo, quando conhecemos as suas descobertas, compreendemos melhor não só a criança, como o ser humano e a evolução espiritual.
Qual será, então, nossa melhor escolha:
(1) canonizar Piaget e transformar em lei tudo o que ele disse;
(2) jogar fora porque ele não era espiritualista, e nós somos; ou
(3) como sugeriu Paulo de Tarso, reter tudo aquilo que nos seja útil e venha a contribuir para a melhoria de nossa prática educacional?
Qual parece ser a mais inteligente das alternativas?
O motivo de nos agarrarmos a esta ou aquela teoria costuma ser a insegurança. Sentimo-nos seguros para defender um ponto de vista próprio sobre como não perder nossos ônibus, mas, não, para desenvolver uma prática educacional adequada ao nosso grupo de alunos; não, para usar nossos conhecimentos e mesmo seguir nossas intuições. Que faz em geral o educador? Vai buscar segurança em uma teoria, em uma criação nascida na mente de outra pessoa que tem como qualificada para dizer como fazer. Ainda que, no dia a dia, acabe encontrando muito poucas oportunidades de aplicar cem por cento dos seus postulados teóricos...
Porém, não existe receita de como fazer, em matéria de Educação, porque cada criatura é única, tem seu jeito particular de aprender e entender a vida, e querer uma teoria de um indivíduo, que se aplique a bilhões de seres, é utopia.
Com respeito às teorias que tivemos oportunidade de conhecer, verificamos que todas têm alguma validade, e que, de certa forma, parecem completar-se, uma suprindo a fragilidade da outra.
Se confiamos em nossa capacidade íntima de selecionar e ajustar, à nossa prática diária, o conhecimento das teorias existentes que a ela podem se aplicar; se confiamos em nossa sensibilidade e discernimento, nosso trabalho ganhará, com certeza, em qualidade e profundidade, atingindo mais completamente os objetivos da Educação para o nosso grupo específico.
A vida nos surpreende, flui e se modifica, colocando desafios diários ao nosso intelecto e ao nosso coração. Se ignorarmos isto, não poderemos educar para a vida.




Rita Foelker
G.T.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Diferencial do ensino espírita para crianças

Rita Foelker
 
Para atingir seu objetivo de transformação das almas, a Educação Espírita carece de metodologia apropriada.
Um dos grandes equívocos, comuns nas atividades de Evangelização e Educação Espírita promovidas pelos centros, é não observar-se a metodologia espírita ao se abordar conteúdos espíritas.
O Espiritismo é uma doutrina de apelo a razão, uma visão de mundo e de vida baseada numa filosofia racional, cujas conseqüências podem ser experimentadas e comprovadas. Esta experimentação inclui observações que podem ser feitas em eventos externos, mas também sentidas e rememoradas intimamente, quando o que a Doutrina ensina confirma aquilo que já vimos ou vivemos.
O ensino e aprendizagem do Espiritismo para crianças é diferente do ensino e aprendizagem religiosos. Não se trata de aprender normas, preceitos e interpretações de textos, mas de incorporar uma visão de si mesmo e do significado da vida, que lhes permita o discernimento necessário às diversas situações com que se deparam.
O ensino religioso costuma ser impositivo, ou seja, pede aceitação de verdades compartilhadas pelo grupo, sem possibilidade de reflexão ou contestação. Aprende-se, por exemplo, que é preciso cumprir determinado rito para pertencer ao rol dos filhos de Deus, e tal fato não oferece opção a não ser de concordância, se se pretende pertencer aos quadros de seus adeptos.
Ao contrário, não se espera que a criança espírita aprenda a crer em Deus ou na imortalidade porque o Espiritismo assim ensina, mas porque refletiu, confrontou com a lógica e os fatos, sentiu em seu coração e reconheceu em sua própria experiência a impossibilidade de que assim não seja, assimilando este conceito à sua visão da vida.
Por isso, o ensino espírita vai muito além daquilo que o educador possa compartilhar verbalmente como conhecimento seu, mas pede criação de estratégias e oportunidades onde cada educando levante suas próprias hipóteses, questione tire suas próprias conclusões.
Por isso, o ensino espírita pede fatos do mundo, da ciência e da sociedade que demonstrem a universalidade das leis que a Doutrina Espírita vem revelar. Não se pode proporcionar de fato a compreensão e a possibilidade de vivência do Espiritismo, quando ele aparece distante ou divorciado da realidade que ele mesmo leva a compreender, e com a qual também ajuda a lidar.
O ensino espírita visa o esclarecimento espiritual, e não a disseminação desta ou daquela visão religiosa ou prática devocional. Este esclarecimento se dá a partir da observação e experimentação individual e coletiva, da reflexão e interiorização de princípios cuja veracidade se é capaz de compreender por si mesmo, sempre na medida do desenvolvimento intelectual e moral.
 

Diferencial do Ensino Espírita para Crianças II

Rita Foelker


A Educação Espírita precisa trabalhar para desenvolver o Ser humano integral, o qual se transforma, como conseqüência, num melhor participante da Humanidade e num cidadão melhor. O ponto de partida para o ensino espírita é a consciência de que não se pretende, com ele, aumentar o grupo das pessoas que comungam nas mesmas crenças, mas proporcionar a cada criatura a chance de se autoconhecer e de aprimorar razão e sentimento em benefício da própria harmonia interior. Aí começa a diferença entre Educação Espírita e Educação religiosa, que vai se refletir na escolha da metodologia, nos recursos didáticos, na própria maneira de entender a função do educador e dos alunos e no seu relacionamento de grupo.
A Educação Espírita não tem cunho religioso, mas filosófico, assim como a própria Doutrina Espírita, mesmo possuindo inevitáveis conotações morais ou religiosas. O ensino tem cunho filosófico porque parte de questionamentos e hipóteses com as quais trabalhamos, buscando raciocínios e argumentos científicos que lhes dêem sustentação, para extrair conseqüências no campo moral, nas nossas atitudes perante Deus, perante nós mesmos e perante o próximo.
Para que isto possa acontecer adotamos, em nossos cursos, orientação para que se observem cinco diretrizes:
1. Trabalho focado sempre no autoconhecimento e conhecimento de Deus (leis e atributos), qualquer que seja o assunto abordado;
2. Permissão para que a criança se expresse;
3. Abordagem prática e objetiva dos temas;
4. Equilíbrio entre conteúdos intelectuais, emocionais e sociais;
5. Respeito às fases do desenvolvimento físico, mental e emocional da criança.

Tomemos o item nº 1 de nossa orientação metodológica: Trabalho focado sempre no autoconhecimento e conhecimento de Deus (leis e atributos), qualquer que seja o assunto abordado.
Se este objetivo está claro para todos, inúmeras estratégias poderão ser empregadas para chegar até ele. Podemos montar qualquer plano, desde que nele encontremos maneiras eficientes de levar ao autoconhecimento e ao conhecimento de Deus, que são requisitos fundamentais de nossas mudanças de atitude.
O fato de sermos Espíritos imortais, por exemplo, é básico para a compreensão de toda a visão espírita da realidade. Está dentro do tópico do autoconhecimento. Agora: quais os desdobramentos deste assunto naquele grupo específico? Qual é a zona de maior interesse, dentro do tema "Espírito" e do tema "imortalidade"? Até onde vamos aprofundar nossa abordagem? Isto vai depender de terem 4, 6, 8, 10, 12 ou 14 anos; de serem provenientes de famílias espíritas ou não; de terem acesso a leituras e a conversas da família... enfim, de uma série de fatores.
Todos nós temos conceitos de conduta e de Deus dentro de nós, adquiridos nesta ou noutras vidas. A verdade é que passamos os séculos construindo nossa compreensão das coisas. E quando falamos em construir, é pouco a pouco, 'bloquinho por bloquinho", como se erguêssemos uma parede fileira por fileira.
Cada grupo de trabalho tem um processo de construção e uma maturidade própria para lidar com estas questões. Tanto os educandos, quanto os educadores. E isto sempre influenciará na prática pedagógica.
Ninguém começa a construir uma casa pelo telhado, porque falta a estrutura para sustentá-lo. Passar conceituações prontas, freqüentemente, é como querer colocar telhado sobre paredes que não existem. De acordo com a nossa experiência, há muito mais resultado quando, a partir de uma introdução inicial e uma avaliação do entendimento que a turma já possui, criamos um espaço de aprendizagem abrindo a possibilidade de novas hipóteses, de dialogar, de trocar idéias ou pesquisar. Ao final, a produção de um texto, ou de um painel, ou encenação nos mostrarão o nível de entendimento atingido. É aí que iniciaremos, no próximo encontro sobre este tema.
Por todas estas peculiaridades do trabalho educacional, é que entendemos que uma tarefa tão importante não pode ser desempenhada apenas à base do empirismo e da boa vontade, o que leva muitas casas a viverem uma condição em que os educadores se assemelham mais a babás ou recreadores. Afinal, quando nos dispomos a um trabalho, usamos o que sabemos, e muitos meninos e meninas que atuam na Evangelização só têm a possibilidade de interagir com crianças na posição de irmãos mais velhos, porque é a única experiência que têm.
Cabe à casa espírita proporcionar capacitação. Há tantos cursos, oficinas, seminários onde se podem inscrever os educadores de uma casa, incentivando a sua participação...!

Mas cabe principalmente ao próprio educador buscar conhecimento, querer aprimorar-se, interessar-se em saber mais sobre psicologia infantil, pedagogia, metodologia e sobre a própria Doutrina, não para se tornar um doutor nestes assuntos, mas para desenvolver uma prática mais segura e mais condizente com os objetivos educacionais de uma casa espírita.
O próprio educador é o seu melhor instrumento de trabalho. Não adianta ter local perfeito, excelente material didático, apoio dos dirigentes da casa, se na hora de agir, não sabe como ou não se sente confiante. Portanto é importante que cada educador verifique suas maiores necessidades e busque meios de solucioná-las, em favor do próprio aprimoramento e da evolução da sua prática educacional.