sexta-feira, 29 de abril de 2011

Importantes orientações aos Evangelizadores Espíritas. ( Crianças/Pedagogia Espirita).

1- A criança que está em sua sala de evangelização não é apenas um ser de alguns meses ou alguns anos, mas um espírito eterno, que apresenta tendências inatas de encarnações passadas, tendências familiares e um destino: a perfeição.
2 - Lembre-se de que “a criança é sementeira [...]. Conforme a qualidade da semente teremos a colheita.”(1) Portanto, não se esqueça de dedicar-se, aperfeiçoando sua tarefa, fazendo sempre o melhor.
3- Busque a sintonia com o tema a ser ministrado, pois o conteúdo vibratório é fundamental. “[...] é preciso vibrar e sentir com o Cristo”(2). “[...] a voz de cada pessoa está carregada pelo magnetismo dos seus próprios sentimentos.” (3)
4 - Em todas as situações de aula em que você for abordar o lar dos evangelizandos e o papel da mãe e/ou do pai, não se esqueça de adaptar a aula de acordo com a realidade da turma, abrangendo o máximo possível todas as situações, sem identificar as crianças que as vivem, mas também sem as excluir para que não se sintam diferentes.
5- Não se esqueça da prece antes do planejamento das aulas e de orar por seus evangelizandos, que é de fundamental importância. “Os resultados da oração, quanto os resultados do amor, são ilimitados.” (4)
6 - É importante manter contato (conhecer sua realidade, onde vive, como vive, o que o cerca)com a família da criança, para fazer um trabalho que traduza as necessidades e realidades em que viva, atingindo em profundidade seus objetivos.
7- Para que obtenha melhor resultado e enriqueça o conteúdo de sua aula, não se esqueça de ler os livros indicados na bibliografia ( apostila), pesquisar outros livros espíritas,( Obras fundamentais)
escolhendo sempre atividades variadas e também outros livros didáticos adequados para esta fase.
8 - Para ministrar as apostilas do DIJ, consulte sempre o Curriculo.
9 - Não se esqueça de trabalhar com materiais concretos, isto auxilia na fixação da mensagem. Buscando sempre o desenvolvimento da Razão.
10 - Nas aulas de Evangelização Espírita, deve-se ressaltar a importância e as formas de fazer-se o Evangelho no lar.
11- É importante que cada criança sinta-se envolvida e amada por seu Evangelizador, somente assim conseguiremos chegar a este pequeno ser (Evangelizando).
12 -  Acima de tudo, fica tres grandes objetivos.com um mesmo norte, Jesus, Kardec, Caridade. ( Amor ao Proximo).
Nossa grande bandeira. " Amor e Trabalho no Bem".
(1) Amélia Rodrigues, Terapêutica de emergência, 5 ed., p. 24.
(2) Emmanuel, O consolador, 15. ed., perg. 237.
(3) André Luiz,
(4) André Luiz,
     G.Teixeira.
Proteção e Paz a todos nós.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Como levar música à Evangelização Espírita Infanto-Juvenil

RAFAEL KOCHHAN, E EVANGELIZADORES DA
10ª. REGIÃO FEDERATIVA DO RIO GRANDE DO SUL
Nossos 3 momentos
1. Análise de Músicas e Reflexões
 
2. Presença da arte nas obras de André Luiz
 
3. Trabalhando a música na Evangelização Espírita

ANJOS 1
    Qual de nós não tem nenhum
    defeito?
    Qual de nós não tem uma
    virtude?
    Precisamos só achar um jeito
    De suavizar o lado rude
     
    Vamos ajudar-nos
    mutuamente
    E somar as nossas qualidades
    Pra fazer um mundo
    diferente
    E tirar a força da maldade
      Um dia todos nós seremos
      anjos
      Vamos trabalhar /E acreditar
      Que no futuro nós seremos
      anjos
      no planeta onde o amor
      Unicamente o amor
      Há de reinar /E assim será
        A felicidade só começa
        Quando cessam as
        desigualdades
        Quando todos compartilham
        sonhos
        E não usam mal a liberdade
         
        O Mestre falou sede perfeitos
        E nos ensinou esta lição
        Que somente o amor será
        eterno
        Nele está a nossa salvação
        Um dia todos nós seremos anjos
        Vamos trabalhar /E acreditar
      Que no futuro nós seremos anjos
      no planeta onde o amor
        Unicamente o amor
        Há de reinar /E assim será
        SEJA DIFERENTE!
        Tem muita gente por aí, Brincando com as drogas
        Se arriscando pelo mundo, Deixando de viver
        Dizem que ser igual, É fazer o que todo mundo faz
        Se viver é assim, Prefiro ser diferente
             
        Ser diferente, É curtir a vida,
        Com muita alegria, Mas sendo diferente
        Ser diferente, É viver para o amor,
        Seja onde for, Seguindo sempre em frent
        Eu Vou, Vou andar na longa estrada
        Eu sei que vai, vai ser dura a caminhada
        Mas não me entrego às fraquezas desse mundo
        Carrego em mim, algo forte lá no fundo
               
        Seja diferente, seja diferente
        Seja diferente, Drogas não
        Seja diferente, seja diferente
        Seja diferente, Drogas não
      • Eu Vou, Vou andar na longa estrada
        Eu sei que vai, vai ser dura a caminhada
      Vou transformar toda essa crença
        Mudando o meu mundo, fazendo a diferença
                 
          Seja diferente, seja diferente
          Seja diferente, Drogas não
          Seja diferente, seja diferente
          Seja diferente, Drogas não
          PARABÉNS ESPÍRITA
          Parabéns prá você,você mereceu renascer
          Entre tantos bilhões, você mereceu renascer
          Tenha fé nesta vida e na vida futura também
          Que os anjos do céu
          Te conduzam na estrada do bem
                   
          Parabéns prá você, você mereceu renascer
          Entre tantos bilhões, você mereceu renascer
        Pense sempre no bem
          Faça todo o bem que puder
          Que os anjos do céu te conduzam
          Na estrada da fé
          Parabéns prá você, você mereceu renascer
          Entre tantos bilhões, você mereceu renascer
          Tenha fé nesta vida e na vida futura também
          Que os anjos do céu
          Te conduzam na estrada do bem
            EPITÁFIO
          Devia ter amado mais
          Ter chorado mais
          Ter visto o sol nascer
          Devia ter arriscado mais
          E até errado mais
          Ter feito o que eu quera fazer
                     
          Queria ter aceitado -- as pessoas como elas são
          Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração
          O acaso vai me proteger
          Enquanto eu andar distraído
        • O acaso vai me proteger
        • Enquanto eu andar
        • (introdução)
        • Devia ter complicado menos
        • Trabalhado menos
        • Ter visto o sol se pôr
        •  Devia ter me importado menos com problemas pequenos
        • Ter morrido de amor
        • Queria ter aceitado -- a vida como ela é
        • A cada um cabe alegrias -- e a tristeza que vier
        • O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído
        • O acaso vai me proteger enquanto eu andar
        • O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído
        • O acaso vai me proteger enquanto eu andar
        • Devia ter complicado menos
        • Trabalhado menos
        • Ter visto o sol se pôr
        • Trabalhando música com os
        • O que a música faz com ou pelas pessoas?
        • A música mais calma estabiliza os estados emocionais intensos.
        • A música, sem que passe necessariamente pela razão, trabalha os nossos sentimentos.
        • Anima, reanima.
        • A música ajuda na auto-expressão
        • A música dá ritmo ao trabalho físico, auxiliando no desenvolvimento das tarefas e na realização de esportes.
        • A música pode registrar histórias de nossas vidas e faz-nos recordar emoções e momentos.
        • A música que se ouve revela, de certa forma, nossa identidade cultural, de gostos ou de inclinações.
        • A música nos inspira, o que pode ser útil no trabalho de evangelização.
        • As vibrações musicais podem modificar a psicosfera dos ambientes.
        • A música pode harmonizar o ambiente.
        • Há músicas para os diversos momentos.
        • Por que e para quê levar música
        • Para trabalhar as emoções dos jovens e evangelizandos ...
        • Para ajudar a internalizar o conhecimento espírita e
        • os nobres valores morais.
        • Para nos aproximarmos uns dos outros, e nos identificarmos mais.
        • Para quebrar gelo e proporcionar uma maior
        • Quais são os tipos de música? Critérios...
        • Músicas que estão vinculadas, de alguma forma, ao contexto do jovem, pelo estilo, pelo ritmo e linguagem – pensar em cada contexto e decidir a partir do delineamento do objetivo da tarefa.
        • Podemos utilizar músicas e critérios, sempre usando o bom senso...
        • Em geral, músicas com conteúdo elevado, que trabalhem a moralidade.
        • O evangelizador poderá planejar junto com o departamento doutrinário o tipo de músicas e a forma de abordá-las, quando o evangelizador não se sentir completamente seguro.
        • Exercer a criticidade junto com jovem em relação às músicas,
        • Quem vai trabalhar música com eles?
        • OPÇÕES SUGERIDAS:
        • Pessoa(s) com conhecimento doutrinário
        • Pessoa(s) com conhecimento musical
        • Evangelizadores
        • Parceiros voluntários...
        • Mesmo que a pessoa com conhecimento doutrinário
        • JUNTOS TRABALHANDO NA SEARA
        • Chegado ao consenso, compete-nos agora aplicar as
        • resoluções, e, dentro de um tempo pré-determinado, fazer uma reunião de avaliação.
        • A partir de quando se tomarão as inciativas?
        • A partir do dia 23 de outubro de 2010, primeiro dia da VII CONJER
                   
            Quando será realizada a avaliação de cada grupo musical
                  Prossigamos
      trabalhando juntos com Bom Senso e Amorpara melhoramento e tomada de novas decisões e providências? Na VIII CONJER, em outubro de 2011..e a com conhecimento musical não sejam a mesma pode-se realizar um bom trabalho neste sentido.auxiliando-o a estabelecer linhas de raciocínio e dá-lo a oportunidade de que ele leve a filosofia espírita, como forma de pensar sobre a vida para o seu cotidiano.integração entre os próprios evangelizandos entre si e os evangelizadores. ao jovem espírita?
    • jovens espíritas Infanto-Juvenil

sábado, 23 de abril de 2011

CAPACITACIÓN DEL EVANGELIZADOR EN LA VISIÓN DE LOS ESPÍRITUS




EVANGELIZADOR

¿Quién es?
¿Cuáles son sus responsabilidades?

¿Cómo lo ven los Espíritus Superiores?

¿Cuáles serían las condiciones esenciales para que alguien pueda

desempeñar la tarea de Evangelización Espírita Infanto-Juvenil?

En las bases de todo programa educativo, el amor es la

piedra basal que favorece el entusiasmo y la dedicación,

la especialización y el interés, la devoción y la

continuidad, la disciplina y la renovación.
En el trato con el niño y el joven el esfuerzo renovador
en favor de la evangelización jamás prescindirá de la
fuerza del ejemplo para quien enseña.

PERFIL DO EVANGELIZADOR - JOANNA DE ÂNGELIS


Conocimiento del currículo que dirigirá su trabajo

Conocimiento de la Psicología Infantil, de la Pedagogía,

Metodología y de la Reencarnación

Comprensión del proceso educativo y sus naturales problemas

Conocimiento de la Doctrina Espirita

Buena Moral y... AMOR

CAPACITACIÓN DEL EVANGELIZADOR EN LA VISIÓN DE

LOS ESPÍRITUS

(Los evangelizadores) deben buscar, continuamente, la ampliación

de contenidos y procedimientos didáctico- metodológicos...”

Bezerra de Menezes

Dedicar atención constante a la mejoria de los procesos

pedagogicos...” André Luiz


Es justo que el evangelizador deba estudiar y volver a ver,

cuanto posible, todas las enseñanzas de la verdad...”

Bezerra de Menezes

Es justo pues que el evangelizador deba estudiar y volver a

 ver, en lo posible, todas las enseñanzas de la Verdad

buscando medios para descubrir caminos de liberación

espiritual para aquellos que se aproximen a su corazón

dadivoso.

Mensaje de Guillon Ribeiro ( Espíritu)

Que jamás se descuiden del perfeccionamiento

pedagógico, ampliando sus aptitudes didácticas para

que no se debiliten las semillas prometedoras en el

suelo propicio por falta de adecuación de los métodos y

técnicas de enseñanza, por la insuficiencia de los

contenidos, por la ineficacia de una planificación.

Que no se detengan en las experiencias logradas, sino que

aspiren siempre a más, buscando libros, renovando

investigaciones, permutando ideas, perfeccionándose en

experiencias y cursos, promoviendo encuentros y

seminarios, en esta dinámica admirable de los que se

dedican a instruir y educar

Es bueno que se diga que el evangelizador consciente

jamás se considera completo, sin tener nada más que

aprender, rehacer, conocer... Avanza con el tiempo, ve

siempre peldaños superiores para alcanzar a través de la

experiencia y del conocimiento .
En la aplicación de los métodos y en la elección de las m

aterias es importante tener en cuenta las cualidades del

Evangelizador, tanto las de naturaleza intelectual o

emocional y psicológica, como las de carácter afectivo o

sentimental.

Joana de Ângelis

¿Quién es?

Con relación al educando Es el responsable de la

formación de la inteligencia y de la personalidad de los

alumnos. “Salvar es educar. Jesús es el maestro y vino

a promover la educación del espíritu.” Vinícius

Con relación a las responsabilidades sociales


Su influencia se extiende a través de las generaciones,

brindando un relevante servicio a la sociedad más alla de l

os límites de la vida material.


En su función didáctica Dirigir el aprendizaje utilizando

métodos y técnicas activos que permitan adquirir y

elaborar conocimientos, habilidades, actitudes e ideales.

En la función orientadora Debe saber crear un clima de
confianza, de empatía y de tolerancia que facilite la
relación entre el educando, la familia y la sociedad.

¿Qué mensaje le daría a los Evangelizadores en el sentido

de incentivarlos para que permanezcan en la tarea con el

mismo entusiasmo de las primeras horas, teniendo la

seguridad de que están contribuyendo en la obra de

redención de la Humanidad?

No es el acaso lo que os reúne en el área de la acción

espírita-cristiana. Tenéis compromiso con el pensamiento d

e Jesús, que adulterasteis anteriormente y que aplicasteis

en favor de intereses mezquinos y perturbadores.

¡No desaniméis! Jesús vela por vosotros y sus

Mensajeros os acompañan, inspirándoos y

conduciéndoos por el camino noble del deber.

No os importen las dificultades momentáneas que forman

parte del programa de ascensión. Pensad en el mañana y

preparadlo a través de las estrellas que pudierais dejar en

los caminos recorridos, a fin de que aquellos que vengan

después encuentren una luz que les señale rumbos de

seguridad.

No os sorprendáis con el desafío, ni lo abandonéis por

cualquier pretexto. Hoy es la oportunidad dichosa para

depositar, mañana será el día venturoso para cosechar los

frutos de la paz.


Postado Por: G.T.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Evangelização Espírita da Infância e da Juventude

Por:Liane Felipe da Silva
“Qual é, para o Espírito, a utilidade de passar pelo estado de infância?
“Encarnando com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante esse período, é mais acessível às impressões que recebe e que podem auxiliar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir os que estão encarregados de educá-lo.”
Allan Kardec (O Livro dos Espíritos, questão 383)


O Centro Espírita, consciente de sua missão, deve envidar todos os esforços, não só para a criação das Escolas de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil como para seu pleno funcionamento considerando a sua importância em termos da formação moral das novas gerações e da preparação dos futuros obreiros da Casa e do Movimento espíritas. (...)”1


A Evangelização Espírita da Infância e da Juventude é uma atividade de estudo e vivência da Doutrina Espírita e do Evangelho de Jesus de forma sistemática, metódica, atendendo e esclarecendo crianças e jovens na faixa etária de 3 a 21 anos.
“O ensinamento espírita e a moral evangélica são os elementos com os quais trabalhamos em nossas aulas. Esses conhecimentos são levados aos alunos por meio de situações práticas da vida, pois a metodologia empregada pretende que o aluno reflita e tire conclusões próprias dos temas estudados, pois só assim se efetiva a aprendizagem real”. 1
Na Evangelização Infantil serão atendidas crianças com idade entre 3 e 12 anos, se possível distribuídas em turmas, que devem funcionar em sala própria e ser orientadas por, pelo menos, um orientador ou evangelizador.
Na Evangelização Juvenil, serão atendidos jovens de 13 a 21 anos, distribuídos em turmas, que deverão funcionar com, pelo menos um orientador ou evangelizador.
Será observado para a formação das turmas a media das idades, adotando-se o programa de estudo compatível com a idade dos presentes.
Evangelizar não é um verbo que só se conjuga para as crianças. Serve também aos adultos.
A Casa Espírita é fonte permanente de evangelização.
Para o jovem, porém, é preciso dar uma atenção especial, pois temos em nossas mãos uma índole maleável, como barro úmido, que podemos moldar suavemente em boas formas, conforme a dedicação que empregarmos, no tempo e qualidade certas.
Evangelizar a criança e o adolescente é lançar semente em terra fértil, que deve ser arada com carinho e cuidado, mantendo-a permanentemente regada com a chuva do amor.
“A  infância  é  o  período  que melhor  se  aprende,  enquanto  na adolescência  se  apreende.
Na  idade  adulta  mais  facilmente  se compreende, evitando-se o período em que o ancião repreende.
Evangelização espírita é o sol nas almas, clareando o mundo inteiro  sob  as  constelações das  estrelas  nos  céus,  que  são  os  bem-aventurados do Senhor, empenhados em Seu nome, pela transformação urgente da Terra, em mundo de regeneração e paz.”2

1 O Que é Evangelização? (FEB, 1987, p. 21)
2 Liane Felipe da Silva

A ORIGEM DAS HISTÓRIAS QUE COMPÕEM O PROJETO “CONTE MAIS

A origem das histórias que compõem os quatro livros da Coleção “Conte Mais”, organizada pela professora Eloína da Silva Lopes e Sonia Alcalde, remonta ao ano de 1948.
Naquela época a FERGS era presidida pelo Cel. Hélio de Castro, tendo como vice-presidente Francisco Spinelli que, preocupado com a educação moral da criança e do jovem, criou o Serviço de Evangelização das Gerações Novas. Para coordenar esse trabalho convidou a professora Dinah Fagundes que frequentava o I.E. Dias da Cruz, de Porto Alegre, e já evangelizava as crianças que frequentavam a Instituição.
Dinah formou pequeno grupo de trabalhadoras que atuavam na evangelização em suas casas espíritas: Alba Saucedo, do I. E. Amigo Germano, Alcina Taborda Garcia, do Atheneu Espirita Cruzeiro do Sul, Ecy Borba Barbedo, Maria de Lourdes Proença, entre outras pessoas.
O desafio da nova equipe de trabalho da Fergs era:
# organizar os programas para as aulas de evangelização;
#elaborar material didático - pedagógico para servir de suporte para as aulas
# preparar os espíritas adultos, dos centros espíritas, interessados em desempenhar a tarefa de evangelização das gerações novas.
Dona Dinah era experiente professora, bem como Dona Alcina. Dona Alba já era dirigente da área educacional do I.E. Amigo Germano, que atendia crianças carentes e, em breve, as primeiras aulas já estavam planejadas. Em sala de aula era utilizada a história, pois elas sabiam que a linguagem simbólica facilita a compreensão do ensinamento moral de forma amena e prazerosa para a criança, bem como outros recursos didáticos.
O grupo pesquisava todos os recursos da literatura infanto-juvenil já publicados para buscar inspirações. Coleção como “O Mundo da Criança”, a revista “Bem-te-vi” e os clássicos das histórias infanto-juvenis. Dona Dinah foi aluna e admiradora de Malba Tahan, notável contador de histórias, e ela buscava seguir as pegadas de seu mestre.
A 1º de maio de 1948 a equipe do Serviço de Evangelização das Novas Gerações deu a 1ª aula oficial no I.E. Dias da Cruz que amparava considerável número de crianças nas suas dependências. Os adultos candidatos à tarefa de evangelização observavam, sentados no fundo da sala, o desempenho docente das evangelizadoras e a reação dos evangelizandos. O Grupo de educadores repetiu a experiência em outros centros espíritas de Porto Alegre, com o mesmo objetivo. Outras pessoas iam sendo agregadas ao grupo: Alberto Rocha, Cecília Rocha, Zalmino Zimmermann, Anita Zimmermann, Lourdes Proença, Maria Spinelli Varela, Zilá Silva, Lilia Carbonell, Benta Palermo, Olga Marchi, Helio e Odete Burmeister, entre outros.
Em 1966 juntou-se ao grupo a professora Eloína da Silva Lopes, de Bagé, que passou a trabalhar, orientada por Dinah, na Literatura Infanto- Juvenil, bem como a professora Gladis Pedersen, poucos anos depois.
Dona Dinah coordenou a elaboração dos recursos didáticos para os planos de aula por mais de quarenta anos.
Durante esse período, a dedicada evangelizadora permanecia, com sua equipe de assessoramento, todas as quartas-feiras à tarde na sala do DIJ/FERGS, das 14horas às 18h30, atendendo os coordenadores dos ciclos da infância e juventude na preparação das aulas.
O trabalho de criação das histórias era meticuloso. Levava-se em conta o tema moral da aula de evangelização, seus objetivos, a faixa etária dos evangelizandos, seu desenvolvimento psicológico, mental e físico, seus interesses e capacidade de compreensão.
A inspiração dos mentores espirituais da tarefa era intensa e ostensiva. Algumas histórias vinham pela via mediúnica, através da intuição ou da psicografia, nas atividades mediúnicas que os componentes da equipe participavam nas suas casas espíritas. Cada história era analisada, revisada, aperfeiçoada e colocada dentro das regras da gramática e da literatura infanto-juvenil.
A elaboração e seleção das histórias que hoje compõem o Projeto “Conte Mais” era feita dentro dos seguintes critérios:
# fidelidade aos postulados da Doutrina Espírita;
# adequação da linguagem ao nível das experiências dos educandos; #adequação do conteúdo à faixa etária a que se destinava a história, no que diz respeito à extensão, número de personagens, envolvimento do raciocínio concreto ou abstrato;
# exploração correta do elemento fantasia para não criar confusões na mente da criança, estabelecendo conceitos errôneos (fadas, gênios, bruxas, duendes, super-heróis, etc.);
# estar em consonância com os interesses e as emoções do evangelizando;
# apresentar os quatro elementos essenciais da história: introdução, enredo, clímax e conclusão;
# possuir as três características básicas da boa história: sugestão moral, unidade e ação.
As crianças pequenas (faixa etária dos 3 aos 6 anos) são imaginativas, o pensamento é concreto e mágico, são animistas, para elas tudo tem alma, vida. Gostam de histórias que tenham bichinhos, objetos, crianças, e de aventuras no ambiente familiar e comunitário. São as fábulas e os contos que estão reunidos no volume 1 da Coleção “Conte Mais”.
Para a faixa etária 7-8 anos as histórias mesclam situações que ainda exploram a imaginação e a criatividade da criança, com aventuras e peripécias mais de acordo com a vida real. Os personagens apresentam características semelhantes aos pequenos leitores ou ouvintes; eles erram, sofrem as consequências de seus atos e corrigem-se. As crianças, através da trama da história, têm oportunidade de educar as suas emoções básicas como o medo, a raiva, a tristeza, a alegria e o afeto. Essas histórias estão reunidas no volume 2 da Coleção Conte Mais.
Para a faixa etária dos 9-10 anos as histórias acompanham o desenvolvimento do pensamento racional dessa fase, são calcados na vida real, cheias de aventuras, de surpresas, suspense, que provocam o autoconhecimento, aceitação do outro, estimulam o gosto pela leitura, pela escrita, pelas boas atitudes e previnem contra a agressividade e violência. As histórias com os temas morais, em ordem alfabética, dessa fase estão reunidas no volume 3 da Coleção “Conte Mais”.
Para a faixa etária a partir dos 11-12 anos e Juventude, em que o desenvolvimento do pensamento racional, abstrato, hipotético-dedutivo é acelerado, quando ocorrem crises emocionais, rebeldia, inconformismo, insatisfação, busca de ídolos externos para servir de modelo de vida, as histórias devem ser verdadeiras, casos reais, biografias edificantes, que mostram superação de dificuldades, conflitos. Os personagens reais vão servir de estímulo e modelo de vida que o jovem vai interiorizar e buscar imitar. Essas histórias estão reunidas no volume 4 do “Conte Mais”.
A ideia de publicar em livro as histórias que faziam parte dos planos de aula da FERGS surgiu na década de 80, quando Dona Dinah ainda estava ativa. Na sua modéstia e humildade ela foi contrária à idéia pois argumentava que muitas histórias tinham sido adaptadas, ou eram muito simples, o trabalho era coletivo. Como ficaria, questionava ela, a questão dos direitos autorais?
Quando Hélio Burmeister estava na presidência da FERGS, no período de 1988 a 1991, e a professora Gladis Pedersen de Oliveira na direção do DIJ/FERGS, as histórias que faziam parte dos planos de aula foram reunidos num acervo, com todo o cuidado para que fosse preservado esse patrimônio dentro da FERGS. A equipe que se desincumbiu dessa tarefa foi composta por Celina Córdova, professora Marilene Huff, Georgeta da Rocha, professora Valeria Chemale Espindola e Maria Inês Alves.
Em 2002, a professora Vilma Darde Ruiz, na direção do DIJ/FERGS, fez um apelo veemente à Diretoria Executiva da FERGS para que tomasse providências para a publicação das histórias já que existia a Editora Francisco Spinelli há quase 50 anos e nunca tinha editado livros, além disso os evangelizadores espíritas do Brasil solicitavam a disponibilização desse acervo para enriquecimento do trabalho da evangelização.
A vice-presidente da FERGS, professora Gladis Pedersen de Oliveira, ficou encarregada pelo presidente da FERGS, Jason de Camargo, de tomar providências nesse sentido.
Foi chamada a professora Eloína da Silva Lopes, residente em Bagé, em julho de 2002 para uma reunião com o DIJ/FERGS e a vice-presidente, para as tratativas da publicação das histórias em livro. Eloina, de posse do acervo das histórias, monta uma equipe em Bagé para ajudá-la, destacando-se Sonia Alcalde que coordenou um grupo de jovens da evangelização para a digitação das mesmas.
Foi um árduo desafio. Cada história foi revisada, a linguagem atualizada, algumas foram reescritas, sempre tendo em vista a faixa etária a que se destinavam, respeitando todas as suas características, e digitalizadas.
Em novembro a professora Eloína informou à professora Vilma como estavam organizando o trabalho. Não poderia ser um livro, havia muitas histórias (mais de 300): seriam organizados 4 volumes por faixa etária e tema moral, em ordem alfabética para facilitar a utilização.
Em fevereiro de 2003 Eloina e Sonia trazem o 1º CD com o volume 1 da Coleção Conte Mais pronto para ser impresso. Na ocasião foram feitos vários orçamentos gráficos e foi o escolhido o mais em conta.
O grande desafio era a impressão, pois não havia recurso financeiro para tal. Na época a FERGS não tinha dinheiro para cobrir o custo da impressão. A própria equipe que resgatou o acervo reuniu o recurso financeiro para pagar a impressão dos mil exemplares do volume 1. Foi um sucesso. Em três meses a edição estava esgotada.
Em 2004 os quatro volumes estavam editados e o volume I na segunda edição. Os direitos autorais foram registrados na Fundação da Biblioteca Nacional para a Federação Espírita do Rio Grande do Sul, com a cedência das organizadoras professoras Eloína da Silva Lopes e Sonia Alcalde.
A Federação Espírita do Rio Grande do Sul detém todos os direitos autorais da Coleção “Conte Mais”.
As histórias, que hoje pertencem à FERGS, estão presentes, ilustrando os planos de aulas da Evangelização Espírita infanto- juvenil das apostilas que formam a coleção 1, 2 e 3 do DIJ/FEB, bem como em outras apostilas didático-pedagógicas do DIJ/FEB, pois foi o trabalho realizado no movimento espírita gaúcho que serviu de base para a evangelização espírita nacional.
Em 2011, 63 anos distantes do 1º de maio de 1948, os números mostram a repercussão desse labor e a sua origem da Espiritualidade Superior, encarregada da tarefa de disseminação da moral evangélica no coração das gerações novas para que a humanidade terrena atinja a era de regeneração e paz tão almejada.
O volume 1 está na 5ª edição, com 11.000 exemplares publicados e comercializados, o volume 2, na 3ª edição com 9.000 exemplares, e o volume 4, atualmente esgotado, na 2ª edição, com 3.600 exemplares.
O volume 1 reúne 78 histórias das quais já foram transformadas em livros ilustrados infantis as seguintes: A Fuga do Zé, O Gatinho Mimoso, O Sonho de Carolina, O Biscoitão Redondo, O Passeio da Estrelinha Azul, A Borboleta Amarela, A Formiga e o Gafanhoto e os Três Amiguinhos. Há 70 histórias a serem transformadas em livros ilustrados infantis. Os livros ilustrados infantis possuem Livro de Atividades para facilitar o trabalho docente.
O volume 2 reúne 64 histórias. A proposta inicial para a organização de livros ilustrados desse volume é reunir em um livro duas ou mais histórias que tratem do mesmo tema moral, com texto maior e menos ilustração, como já ocorreu com o tema Amor à Verdade onde compõem o livro ilustrado as histórias "As Sementes Contaram” e “O Arrependimento de Diego”. Com o tema Caridade e Bondade um novo livro reuniu as histórias “A Casa da Velhinha” e o “Raio de Sol de Duas Pernas”, e com o tema moral sobre o valor da oração “A Pandorga de Sabu” e as “Botas do Carvoeiro”.
Resta um potencial de cerca de mais de 20 temas morais para serem transformados em livros individuais do volume 2.
Os volumes 3 e 4 reúnem mais de 100 histórias, acervo ainda a ser trabalhado na área editorial, levando em conta a faixa etária do público a que se destina.
Muito falta ainda a ser publicado desse projeto de luz que ilumina os caminhos dos espíritos que estão reencarnando para a nova era da humanidade.
A reunião das histórias na coleção “Conte Mais” foi orientação direta de Francisco Spinelli e dos espíritos pioneiros que a convite dele compuseram a equipe do Serviço de Evangelização das Gerações Novas. Francisco Spinelli, junto com seu grupo de trabalho, na espiritualidade continua sendo a mola propulsora desse projeto.
A mensagem da moral evangélica atinge o coração da criança e do jovem, estimulando o desabrochar de suas potencialidades divinas e ajudando a construir uma identidade moral positiva do cidadão da nova era.
Os livros estão chegando nas mãos das crianças e dos jovens, nos lares, nas escolas, propiciando aos pais e educadores material didático-pedagógico da mais alta qualidade, pois atinge a parte mais sensível do ser humano: a emoção e o sentimento. Os pequenos e jovens sentem-se atraídos pela forma prazerosa da literatura, a linguagem simbólica, que desperta a vontade inata, de ser bom, verdadeiro e útil a si e à sociedade.
São 63 anos de construção de uma trajetória de luz para a humanidade. São sementes de luz lançadas no solo fértil da mente das gerações novas.


Texto elaborado pelas professoras Gladis Pedersen de Oliveira, Eloína da Silva Lopes e Marilene Huff.


Bibliografia:
  1. A Reencarnação, Número Especial comemorativo do Cinqüentenário da FERGS – 1971. Porto Alegre: FERGS.
  2. A Reencarnação, nº 431 – 85 anos de História. Porto Alegre: FERGS, 2006.
  3. LOPES, Eloína da Silva; ALCALDE, Sonia. Conte Mais 1: Itens Apresentação e Prefácio. Porto Alegre: Ed. Francisco Spinelli, 2003.
  4. LOPES, Eloina da Silva; ALCALDE, Sonia. Conte Mais 2: Itens Apresentação e Prefácio. Porto Alegre: Ed. Francisco Spinelli, 2003.
  5. LOPES, Eloina da Silva; ALCALDE, Sonia. Conte Mais 3: Itens Apresentação e Prefácio. Porto Alegre: Ed. Francisco Spinelli, 2004.
  6. LOPES, Eloina da Silva; ALCALDE, Sonia. Conte Mais 4: Itens Apresentação e Prefácio. Porto Alegre: Ed. Francisco Spinelli, 2004.
  7. OLIVEIRA, Gladis Pedersen de. A Missão e os Missionários. Porto Alegre: Ed. Francisco Spinelli, 2009.
Enviado por: Loiva Karnopp DECOM SEBEM Torres.