terça-feira, 28 de junho de 2011

Aula - Fuidos


Objetivos:Conceituar o Fluido Cósmico Universal;Reconhecer a qualidade dos fluidos ambientais diretamente relacionada aos nossos pensamentos e sentimentos.
Bibliografia:Evang.Segundo o Espiritismo – Cap. XII, item 3, 3ºparágrafo; Cap. XXVII, item 10O Livro dos Espíritos – perg.27A Gênese – Cap.XIV – Os Fluidos, item 16, 19 à 21
Material: Rolo de barbante, três canetas com tampa, três garrafas pet grandes, tesoura, vidro grande (tipo de maionese ou Nescafé), tinta guache (vermelha, azul ou verde), cartolina, carinhas de cartolina (3 para cada evangelizador) nas cores verde, amarelo e vermelha, pasta transparente para deixar as carinhas.
Desenvolvimento:
1.Prece inicial.
2.Hora da novidade
3.Motivação inicial: aplicar a técnica Teia de Ilusões (descrita a seguir) Alternativa: Técnica teia de barbante, para contar as novidades.
4.Exposição dialogada: Da mesma forma que vcs ficaram todos unidos na teia de barbante, somos nós, serem da Criação de Deus, unidos uns aos outros. Alguém sabe como?Existe um elemento que se chama Fluido Cósmico Universal, que é como essa teia: relaciona tudo o que existe na criação. Assim, ninguém está sozinho ou isolado: somos todos relacionados uns aos outros.Na teia, estamos relacionados pelo barbante. E na vida, pelos fluidos que nos envolvem. Tudo o que fazemos tem repercussão nos outros!Na teia, é só nos mexermos que os outros sentem. E na vida? Como podemos interferir nos fluidos?
==> pensamento e vontade;
==> sentimentos.
Esses elementos interferem de forma boa ou ruim nos fluidos que nos rodeiam. É como uma gota de tina na água! Por menor que seja, altera a coloração da água!
5. Mostrar o vidro grande de água limpa: imaginemos que essa água é o fluido que nos envolve. Se colocarmos uma gotinha de tinta, o que vai acontecer?
Demonstrar: qto mais gotas colocamos, mais a água vai mudando de cor.Assim também em nossa vida: quanto mais pensamentos, sentimentos bons, mais puro ficam os fluidos; quanto mais imperfeitos nossos pensamentos e sentimentos, mais impuros, contaminados, ficam os fluidos.
O que acontece conosco, num ambiente de fluidos ruins, contaminados? ==> mal estar, sensação ruim;
E num ambiente de fluidos bons? ==> sensação boa, paz, harmonia.Pedir exemplos de situações em que o ambiente fica com fluidos bons, e outros em que fica ruim.
O que fazer quando sentimos que o ambiente está com fluidos contaminados?
==> sair do ambiente! Se não for possível, orar, pedindo a Deus que nos ajude e a todos os que estão contaminando o ambiente, e também os que estão sendo influenciados por esse ambiente ruim.
Orar devemos fazer sempre. Mas se não temos forças para ficar bem num ambiente ruim, temos que nos afastar para evitarmos ficar doentes!Vamos fazer a nossa parte: colaborar para melhorar o ambiente espiritual de nosso planeta!
6. E aqui em nossa sala? Como está o ambiente?
Propor um painel, onde cada um possa colocar como entende que está influenciando os fluidos espirituais de nossa sala. Numa pasta, teremos três pilhas de carinhas nas cores verde, amarela e vermelha. Tem em número que represente cada um.
No painel, que ficará pendurado na sala, teremos os nomes de todos, junto a um espaço para colocar 1 carinha. A cada dia, ao chegar, cada um deve pegar na pasta, a carinha que representa seu estado íntimo, ou seja, a forma como está influenciando os fluidos espirituais:
- verde – estamos bem, colaborando para a paz e harmonia;
- amarelo – não estamos muito bem. Estamos tristes ou doentes. Precisamos de fluidos bons para melhorarmos!;
- vermelho – não estamos bem! Estamos com sentimentos ainda inferiores: raiva, desinteresse, deboche. Nesse caso, precisamos querer mudar e força de vontade para mudar esses sentimentos!Reforçar que nosso ambiente depende de cada um de nós!
7. Deixar que cada um vá ao painel e coloque sua carinha.Sempre que houver carinhas vermelhas, estimular a reflexão sobre os “benefícios” da atitude atual: faz mal a quem emite esses fluidos ruins e também faz mal aos demais!
8. Prece final.
TEIA DE ILUSÕES (EEV 2010)
Objetivo: permitir aos participantes vivenciar situações que envolvam comunicação, planejamento, cooperação, poder de decisão, flexibilidade e auto-controle.
Tamanho do grupo: máximo de 15 pessoas.
Material Utilizado: rolo de barbante, três canetas com tampa, três garrafas pet grandes, tesoura.
Processo:Solicitar aos participantes que fiquem em pé, formando um círculo.
O facilitador formará a teia envolvendo cada participante no barbante, um de cada vez, de preferência costurando as linhas dispostas umas nas outras. Depois de formada a teia o facilitador irá pendurar as três canetas na teia e dispor as garrafas embaixo de cada caneta. Os fios de barbante que estão as canetas devem ter tamanhos diferentes.
Execução da atividade aos participantes: 10 minutos
O objetivo é que todos consigam colocar e manter as canetas dentro de cada garrafa, sem derrubar as mesmas.
Regras: Os participantes não poderão fazer uso das mãos;
A única parte de corpo que encosta ao barbante é a cinturaNão poderão derrubar as garrafas;
Terão que executar a tarefa em tempo pré determinado. (Sugestão: 10 minutos )
* Caso alguma garrafa seja derrubada fica a critério do facilitador o fim da atividade ou uma nova tentativa.
**Sugestão: Caso derrubem a garrafa no início da atividade, permitir que tentem novamente. Caso derrubem do meio para o final, encerra-se a atividade.

Por: G.T.

Aula - Fluidos-Mecanismo da Prece





Objetivos:Conceituar Prece, à luz da Doutrina Espírita;Identificar os mecanismos que estão presentes na prece, identificando o Fluido Cósmico Universal como o meio de transmissão de nossos pensamentos e da prece;Reconhecer na prece o intercâmbio com o mundo espiritual superior, e como instrumento de paz e harmonia para o Espirito.

Bibliografia:O Livro dos Espíritos – CAPÍTULO II, 3a parte, Da Lei de Adoração;O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXVII;A Gênese, cap.XIV - Qualidade dos Fluidos (itens 16 à 18); Missionários da Luz – André Luiz/Chico Xavier – Cap. 6 – A Oração; Os Mensageiros – André Luiz/Chico Xavier – Cap. 25 – Efeitos da Oração; Cap. 24 – A Prece de Ismália; Jesus No Lar – A Resposta Celeste – Cap. 28 – Francisco C. Xavier/Neio Lucio.

Desenvolvimento:
1.Prece inicial
2.Iniciar: distribuindo a frase abaixo em pedaços de cartolina para que sejam colocadas em ordem pelos evangelizandos:
“A prece é a maneira pela qual, através do pensamento expresso ou não em palavras, a criatura se liga ao Criador. É o meio de comunicação com Deus e com os planos mais altos da vida.” (Roteiro – Emmanuel, pt 3, cap.2, perg.659).Cada criança deve receber um dos pedaços.

3. Levantar com eles, os principais elementos que essa definição de prece nos traz:
meio = pensamento;
emissor = aquele que ora;
receptor = Deus

4.Perguntar como é que a prece chega a Deus, deixando que discutam, auxiliando até que cheguem no Fluido Cósmico Universal. ==> fazer referência à aula passada (teia de barbante – estamos todos conectados pelos fluidos ambientais).
Fazer comparação com o ar, que leva o som.
5. Perguntar quais os benefícios da prece?
- paz e serenidade de espírito; principalmente nas dificuldades, qdo mais precisamos de serenidade;
- sintonia com os nossos amigos espirituais, para melhor percebermos seus conselhos úteis;
- melhor percepção das escolhas a serem feitas no nosso dia-a-dia;Além de benefícios próprios, também podemos orar por nossos irmãos em Deus.
A prece resolve nossos problemas?==> não; somente nós próprios podemos resolver nossos problemas; a prece é a luz que nos mostra o que fazer, mas a ação, é nossa!
6. Nossas preces são sempre atendidas? Deixar que respondam e depois, contar a história da página de Jesus no Lar. Após a história, levantar os principais ensinos de Jesus nessa pequena história:
Deus se utiliza de diversos elementos para atender à nossa necessidade: moscas; raios, rio que levou a ponte;
Nem sempre percebemos de imediato, a resposta celeste.
Por quê? Por que, normalmente, esperamos que a resposta seja do jeito que pensamos e, nem sempre o jeito que pensamos é o melhor para nós.É preciso ter fé, confiança na solicitude de Deus.

7. Propor o jogo da Redação Circular: dar papel e lápis a cada criança, com o início de uma estória:
“Finalmente chegou o dia de ir passar o dia na Fazenda Arco-Íris, onde além de piscina natural, tem um monte de animais. Ao ouvir o despertador, pulei da cama e olhei a janela: estava uma chuvarada daquelas! Tinha até raios e trovões! .....”
Pedir que continuem a estória escrevendo uma frase. Quando terminarem, passar a folha para o colega da direita que deve continuar de onde o outro parou, escrevendo mais uma frase. Repetir esse procedimento até a folha chegar de volta a seu dono.
Cada um deve ler a história que foi formada.
Fazer comentários sobre a visão positiva ou negativa a partir do fato inicial narrado, observando que nossos pensamentos influenciam diretamente a nossa realidade, e que a prece sincera sempre nos auxilia a perceber a melhor forma de agir em todas as situações.

8. Prece final
*Idade sugerida: 11 anos

*Texto também sugerido para a redação circular:
Jesus no Lar – Cap.28 - A resposta celeste
Solicitando Bartolomeu esclarecimentos quanto às respostas do Alto às súplicas dos homens, respondeu Jesus para elucidação geral:
— Antigo instrutor dos Mandamentos Divinos ia em missão da Verdade Celeste, de uma aldeia para outra, profundamente distanciadas entre si, fazendo-se acompanhar de um cão amigo, quando anoiteceu, sem que lhe fôsse possível prever o número de milhas que o separavam do destino.
Reparando que a solidão em plena Natureza era medonha, orou, implorando a proteção do Eterno Pai, e seguiu.
Noite fechada e sem luar, percebeu a existência de larga e confortadora cova, à margem da trilha em que avançava, e acariciando o animal que o seguia, vigilante, dispôs-se a deitar-se e dormir. Começou a instalar-se, pacientemente, mas espessa nuvem de moscas vorazes o atacou, de chofre, obrigando-o a retomar o caminho.
O ancião continuou a jornada, quando se lhe deparou volumoso riacho, num trecho em que a estrada se bifurcava. Ponte rústica oferecia passagem pela via principal, e, além dela, a terra parecia sedutora, porque, mesmo envolvida na sombra noturna, semelhava-se a extenso lençol branco.
O santo pregador pretendia ganhar a outra margem, arrastando o companheiro obediente, quando a ponte se desligou das bases, estalando e abatendo-se por inteiro.
Sem recursos, agora, para a travessia, o velhinho seguiu pelo outro rumo, e, encontrando robusta árvore, ramalhosa e acolhedora, pensou em abrigar-se, convenientemente, porque o firmamento anunciava a tempestade pelos trovões longínquos. O vegetal respeitável oferecia asilo fascinante e seguro no próprio tronco aberto. Dispunha-se ao refúgio, mas a ventania começou a soprar tão forte que o tronco vigoroso caiu, partido, sem remissão.
Exposto então à chuva, o peregrino movimentou-se para diante.
Depois de aproximadamente duas milhas, encontrou um casebre rural, mostrando doce luz por dentro, e suspirou aliviado.
Bateu à porta. O homem ríspido que veio atender foi claro na negativa, alegando que o sítio não recebia visitas à noite e que nao lhe era permitido acolher pessoas estranhas.Por mais que chorasse e rogasse, o pregador foi constrangido a seguir além.
Acomodou-se, como pôde, debaixo do temporal, nas cercanias da casinhola campestre; no entanto, a breve espaço, notou que o cão, aterrado pelos relâmpagos sucessivos, fugia a uivar, perdendo-se nas trevas.
O velho, agora sozinho, chorou angustiado, acreditando-se esquecido por Deus e passou a noite ao relento. Alta madrugada, ouviu gritos e palavrões indistintos, sem poder precisar de onde partiam.
Intrigado, esperou o alvorecer e, quando o Sol ressurgiu resplandecente, ausentou-se do esconderijo, vindo a saber, por intermédio de camponeses aflitos, que uma quadrilha de ladrões pilhara a choupana onde lhe fora negado o asilo, assassinando os moradores.
Repentina luz espiritual aflorou-lhe na mente.
Compreendeu que a Bondade Divina o livrara dos malfeitores e que, afastando dele o cão que uivava, lhe garantira a tranquilidade do pouso.Informando-se de que seguia em trilho oposto à localidade do destino, empreendeu a marcha de regresso, para retificar a viagem, e, junto à ponte rompida, foi esclarecido por um lavrador de que a terra branca, do outro lado, não passava de pântano traiçoeiro, em que muitos viajores imprevidentes haviam sucumbido.
O velho agradeceu o salvamento que o Pai lhe enviara e, quando alcançou a árvore tombada, um rapazinho observou-lhe que o tronco, dantes acolhedor, era conhecido covil de lobos.
Muito grato ao Senhor que tão milagrosamente o ajudara, procurou a cova onde tentara repouso e nela encontrou um ninho de perigosas serpentes.
Endereçando infinito reconhecimento ao Céu pelas expressões de variado socorro que não soubera entender, de pronto, prosseguiu adiante, são e salvo, para desempenho de sua tarefa.
Nesse ponto da curiosa narrativa, o Mestre fitou Bartolomeu demoradamente e terminou:
O Pai ouve sempre as nossas rogativas, mas é preciso discernimento para compreender as respostas dEle e aproveitá-las.
Fonte: Casa Espírita Missionários da Luz – II Ciclo –

Postado por : G.T.

Atividade, aula, conceito: Inteligências Múltiplas



A idéia de definir e mensurar a inteligência tem pouco mais que um século. Começou com Alfred Binet (1), médico francês, que identificou dois tipos de inteligência: a lógico-matemática e a linguística ou verbal.
Desde então, seu modelo foi aceito e considerado para a formação de currículos de todas as escolas do mundo.
Um novo e grande passo na compreensão do que é e como funciona a inteligência somente seria dado por Howard Gardner e sua equipe da Universidade de Harvard quando, nos anos 80, descobriu e propôs que o ser humano teria não uma ou duas, mas várias inteligências, relacionadas a habilidades específicas que iam da montagem de blocos à música, à pintura e ao autoconhecimento.
Acompanhando o desempenho profissional de pessoas que haviam sido alunos fracos ou medíocres, Gardner se surpreende ao verificar que muitos obtiveram sucesso e viviam muito bem, o que não acontecia necessariamente com aqueles que haviam sido estudantes aplicados e tirado boas notas. Questionando o tipo de avaliação feita nas escolas, ele verificou que elas não incluíam capacidades que eram essenciais para a realização e a felicidade das pessoas.
Gardner demonstrou que as demais faculdades, desprezadas pela escola, também são produto de processos mentais. Para ele, inteligência é uma capacidade de resolver problemas e elaborar produtos de valor num ambiente cultural ou comunitário. Ele próprio, na ocasião, identificou sete inteligências, mas como os estudos prosseguem, atualmente utilizamos a seguinte classificação:



Inteligências Múltiplas
Abstrata
  • Lógico-Matemática - Habilidade para raciocínio dedutivo e para solucionar problemas matemáticos. É a mais associada com a idéia tradicional de inteligência. Importante para pesquisadores, cientistas, físicos e engenheiros, etc.
  • Lingüística - Habilidade para lidar com palavras de maneira criativa e de se expressar de maneira clara e objetiva. É a inteligência da fala e ca comunicação verbal e escrita e não tem relação com a cultura da pessoa. Importante para poetas, escritores, oradores, jornalistas, publicitários, vendedores, etc.
  • Musical - Capacidade de entender a linguagem sonora e de se expressar por meio dela. Permite organizar elementos sonoros (timbres, ritmos, sons) de forma criativa e independe de aprendizado formal. É a mais associada com a idéia de talento. Importante para músicos e compositores.
Concreta
  • Pictórica-espacial - Capacidade de reproduzir, pelo desenho, situações reais ou mentais, de organizar elementos visuais de forma harmônica; de situar-se e localizar-se no espaço. Permite formar um modelo mental preciso de uma situação espacial, utilizando-o p/ fins práticos (orientação/disposição). Capacidade de transportar-se mentalmente a um espaço. Importante para artistas plásticos, ilustradores, arquitetos, navegadores, pilotos, cirurgiões, engenheiros, escultores, etc.
  • Cinético-Corporal - Capacidade de utilizar o próprio corpo para expressar idéias e sentimentos. Facilidade de usar as mãos. Inclui habilidades como coordenação, equilíbrio, flexibilidade, força, velocidade e destreza. Importante para atletas, mágicos, bailarinos, malabaristas, mímicos, etc.
Social
  • Interpessoal - Capacidade de compreender as pessoas e de interagir bem com os outros, o que significa ter sensibilidade para o sentido de expressões faciais, voz, gestos e posturas de habilidade para responder de forma adequada às situações interpessoais. Importante para líderes de grupos, políticos, terapeutas, professores e animadores de espetáculos.
  • Intrapessoal - Capacidade de conhecer-se e de estar bem consigo mesmo, de administrar os próprios sentimentos a favor de seus projetos. Inclui disciplina, auto estima e auto-aceitação. Importante para todas as profissões.
  • Interpessoal + Intrapessoal = Emocional - Assim denominada por Daniel Goleman em seu best-seller, envolve a capacidade de interagir com o mundo levando em conta os próprios sentimentos e a habilidade de compreender as emoções próprias e alheias, utilizando para as nossas decisões pessoais e profissionais.
Espiritual
  • Espiritual - É a capacidade de aplicar, nas ações do cotidiano, princípios e valores espirituais, com o objetivo de encontrar paz e tranqüilidade. Envolve a capacidade de encontrar um propósito para a própria vida e de lidar com problemas existenciais (perdas, fracassos, rompimentos).

A idéia central de sua proposta é a de que a inteligência compõe-se um amplo espectro de competências inter-relacionadas, algumas das quais antigamente eram consideradas dons, talentos (como a músical ou a pictórica-espacial) ou virtudes (como a intrapessoal). A diferença no enfoque e o aspecto revolucionário da teoria das Inteligências Múltiplas está em que todos os seres humanos possuem todas as inteligências acima, só que em diferentes graus de desenvolvimento. Ninguém recebeu dádivas especiais e exclusivas. O que nos falta é treino.
Esta visão concorda perfeitamente com a concepção espírita da Lei de Igualdade, da Justiça Divina e da Evolução. Segundo a Doutrina, todos possuímos os germes de todas as faculdades, que apenas aguardam para desabrochar em nós.
Uma das inteligências não consideradas por Gardner, mas defendida pela psicóloga e filósofa americana Dana Zohar, é a espiritual. Suas características coincidem com a idéia que fazemos de um ser espiritualmente evoluído.
Embora estejam separadas, para fins de entendimento, na realidade as inteligências funcionam em conjunto, integradas umas às outras. Ao montar um quebra-cabeça, por exemplo, várias delas entram em ação: a lógico-matemática (na classificação das peças e descoberta de semelhanças), a pictórica-espacial (para perceber a localização das peças e as diferenças de cor), cinético-corporal (no uso das mãos) e até a intrapessoal (para persistir até o fim). Quer dizer que, embora uma possa predominar, todas trabalham juntas.
Quantas crianças não são marginalizadas em suas famílias, comunidades e escolas porque suas habilidades em resolver cálculos ou problemas abstratos e distanciados de sua realidade não são as esperadas?

Provavelmente, a contribuição mais importante da teoria das inteligências múltiplas seja a de alterar alguns conceitos sobre ensino, proporcionando ao aluno desenvolver diversas atividades de forma mais personalizada e de acordo com as suas reais aptidões. Neste processo mais individualizado, as crianças perceberão que suas forças pessoais estão sendo reconhecidas e valorizadas. O importante não está em medirmos a grandeza da inteligência em números ou como um conjunto de habilidades isoladas, e sim como um processo dinâmico, múltiplo e integrado, permitindo ser observada de diferentes ângulos. Esta nova concepção de inteligência nos conduzirá à formação de cidadãos mais felizes, mais competentes, com mais capacidade de trabalhar em grupo e mais equilibrados emocionalmente.(2)

Quebra-cabeças misturados

(A partir dos 8 anos.)
OBJETIVO GERAL: Trabalhar simultaneamente com algumas das múltiplas inteligências.
Material: Figuras diversas, recortadas em forma de quebra-cabeça, acondicionadas em envelopes ou sacos plásticos com as peças misturadas.
Como aplicar:
Dividir a turma em grupos em número igual ao de envelopes. Entregar um para cada grupo e explicar que todos os grupos deverão, ao final de certo tempo, haver montado um quebra-cabeça completo.

(1) Em 1900, Alfred Binet foi solicitado para que desenvolvesse uma medida de predição do sucesso escolar de crianças das primeiras séries. Desta forma surgiu o primeiro teste de inteligência, que visava estabelecer um critério para diferenciar crianças retardadas e crianças normais nos mais diferentes graus. Daí surgiu, também, a noção de que a inteligência poderia ser medida quantitativamente através da avaliação das capacidades lógica e linguística.
(2) O trecho em itálico é de Jorge Montardo, médico pediatra. Rita Foelker
Por: G.Teixeira.