sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
A EDUCAÇÃO SEGUNDO O ESPIRITISMO . Definições Possíveis
Dora Incontri
Definições Possíveis
Existem três perspectivas sob as quais se pode falar em Educação Espírita. É certo que elas acabam se unificando num só conceito. Um aspecto deriva do outro e formam uma visão única.
Espiritismo como Educação. A essência do Espiritismo é a Educação. Ao contrário de outras correntes religiosas, que têm um caráter salvacionista, a Doutrina Espírita, com seu tríplice aspecto—científico, filosófico e religioso —pretende promover a evolução do homem e esta evolução é um processo pedagógico. A Educação do Espírito é o cerne da proposta espírita. Se o Espiritismo é uma síntese cultural abrangendo todas as áreas do conhecimento, seu ponto de unificação é justamente a Pedagogia. Não foi à toa que Kardec tenha sido educador e tenha recebido influência de Pestalozzi, um dos maiores educadores de todos os tempos. Melhor compreende o Espiritismo quem o compreende pedagogicamente.
Lendo Kardec com olhos pedagógicos, pode-se observar a sua insistência e a dos Espíritos em comparações com imagens emprestadas do universo educacional. O desenvolvimento do Espírito através das vidas sucessivas é visto como um curso escolar, com seus anos letivos. A Terra é tratada como uma escola, em que as almas se matriculam para o seu aperfeiçoamento. As imagens são recorrentes e não são meros recursos literários. Há de fato uma identificação. Corroborando essa leitura do Espiritismo, Herculano Pires, em Pedagogia Espírita, comenta que: "O Livro dos Espíritos é um manual de Educação Integral oferecido à Humanidade para a sua formação moral e espiritual na Escola da Terra".
Ser espírita, pois, na acepção plena da palavra é engajar-se num processo de auto-educação, cujo fim mal podemos entrever. E estar em processo de auto-aperfeiçoamento, como já vimos, é o requisito básico do educador. Como o Espiritismo não é uma doutrina individualista, no sentido de descomprometer o ser humano de deveres para com o próximo—ao contrário, elege na caridade seu princípio máximo—quem está em processo de melhorar a si mesmo tem o dever moral de exercer uma tarefa pedagógica com todas as criaturas que o cercam. A caridade máxima, portanto, que o espírita deve procurar realizar como ideal de vida, não é o assistencialismo social, respeitável e necessário, mas limitado e superficial, é sim a caridade da Educação. Elevar, transformar, despertar consciências, contribuindo para a mudança interna dos homens—que redundará também numa evolução externa—esta deve ser a meta de todo espírita.
A Educação Segundo o Espiritismo. Se o Espiritismo é pedagógico, olhando a questão do lado avesso, a área específica da Pedagogia humana pode se iluminar com a perspectiva espírita. Neste sentido, a Educação espírita é a prática de uma Pedagogia à luz do Espiritismo. É exatamente o que estamos teorizando nesta obra. Muitas das idéias aqui expostas poderão ser partilhadas por adeptos de outras correntes filosóficas ou religiosas. Mas para aplicá-las inteiras, para aderir a uma formulação pedagógica completamente espírita, é preciso estar convencido dos postulados básicos da doutrina de Kardec. O educador espírita, porém, poderá e deverá exercer sua tarefa com quaisquer crianças e adultos. Se a verdadeira Educação se dá quando se desperta um processo evolutivo no educando, este processo poderá ser desencadeado em qualquer ser humano, tenha ele a cultura que tiver, seja ele partidário da religião que for. A influência benéfica de um educador, consciente de seu mandato, poderá se imprimir em qualquer educando.
Assim, educar espiritamente não é necessariamente educar para o Espiritismo. Kardec sempre enfatizou que os espíritas não deveriam fazer proselitismo e muito menos violentar consciências. No relacionamento com pessoas não espíritas, o educador espírita saberá exercer sua tarefa, sem impor suas convicções.
O Ensino Espírita. O terceiro aspecto da Educação espírita é mais específico, é o ensino propriamente da Doutrina Espírita. Mas se não houver, por parte daqueles que estão promovendo este ensino, uma compreensão clara e uma prática engajada da Pedagogia espírita, então o processo não passará de catequese, um ensino formal, destituído de compromissos mais profundos. Na linha conceitual que temos seguido aqui, é evidente que o ensino espírita não poderá ser mera transmissão de conteúdos, mas o despertar de uma consciência espiritual.
Cenários da Educação Espírita
A Existência. Entender o Espiritismo como Educação é ser espírita verdadeiramente. Por isso, quem é espírita de fato e pratica a caridade da Educação em todas as dimensões possíveis, faz isso existencialmente, no seu meio familiar, profissional, social, espiritual... É alguém engajado na própria evolução e na evolução coletiva. O destino espiritual do próximo não lhe será jamais indiferente. Não tomará, é claro, uma postura salvacionista, nem pretenderá mudar o mundo sozinho. Mas levará até o sacrifício o compromisso de exemplificar o bem, arrastando com isso outros seres ao contágio da virtude. Amará com intensidade seu próximo mais próximo, procurando estender sempre mais seu amor ao próximo longínquo, significando esse amor justamente o empenho em ajudar o outro a encontrar seu próprio caminho evolutivo.
Consolar, amparar, servir—todos esses verbos tão conjugados em mensagens e orientações espirituais—são as atitudes fundamentais de quem ensina com a sinceridade dos sentimentos e a força do exemplo. São a ponte de acesso ao coração do próximo, não como fator de proselitismo, mas como centelha para desencadear um processo de Educação. Quem presta um serviço, quem se dispõe a se doar—se o faz com o influxo de vibrações autenticamente fraternas —pode restaurar no outro a confiança existencial e a vontade de crescer. Nesta doação fraternal, pode estar incluído um prato de comida, um passe, um agasalho... Mas a caridade deve transcender tudo isto, porque deve tocar a alma do outro.
Há pessoas que entendem a prática da Doutrina apenas no exíguo espaço do Centro Espírita. Quando estão no mundo, na profissão, na família, numa festa, nas relações sociais, agem como se não fossem espíritas. Mas o compromisso educativo existencial do adepto do Espiritismo é justamente ser em qualquer lugar e a qualquer hora um elemento de influências positivas, um pólo de transformação do ambiente. Sem prepotência, sem austeridade excessiva, sem pretensão à verdade absoluta, sem autoritarismo, como quem passa e serve, o espírita deve fazer brilhar seu empenho em ser melhor, sua fidelidade aos princípios éticos fundamentais, sua sede intelectual. . . procurando partilhar sua chama interior.
Irradiar otimismo, disposição, energia e serenidade—todas aquelas virtudes que vimos como constitutivas do verdadeiro educador—deve ser uma conseqüência natural da sua compreensão de mundo. Quem sabe que a vida é eterna, que toda tragédia é passageira, que tudo caminha para a perfeição, que todos estão sob a proteção de uma Providência misericordiosa e justa, será necessariamente uma pessoa alegre e tranqüila, no controle de si mesma, podendo com isso servir de edificação e apoio aos irmãos do caminho.
A missão pedagógica do espírita, porém, não se dá apenas no plano moral. Em todos os setores de atividade, os espíritas devem também se esforçar pelo avanço intelectual de si mesmos e da comunidade a que pertencem. Promover a cultura elevada e proporcionar meios à instrução—isso faz parte integrante de seu programa de ação. É nesse sentido que se deve abrir aqui uma crítica ao movimento espírita brasileiro, que tem se preocupado muito mais com a caridade material do que com a caridade pedagógica. Dar pão e agasalho é bem mais fácil do que educar, mas educar é uma terapêutica global e uma solução social muito mais eficaz.
Entenda-se que esse empenho pela Educação intelectual não pode significar impregnar-se de materialismo, de sofismas niilistas e de especulações vazias, que são hoje o tônus da maioria das correntes dominantes. A convicção espírita firme e sincera não é, entretanto, empecilho para o diálogo, para a abertura mental e para a tolerância ideológica.
A Família Espírita. O mais forte impacto que o Espiritismo causa na relação entre os membros de uma mesma família é a desierarquização de funções. É verdade que os pais recebem a tarefa de educar os filhos e trata-se de tarefa de grande responsabilidade moral. Mas pais e filhos, marido e mulher, avós e netos são acima de tudo Espíritos irmãos, peregrinos da evolução humana, cada qual carregando sua herança passada e sua missão presente, essencialmente iguais, e dignos todos, moços e velhos, homens e mulheres, crianças e adultos, de respeito e amor. Nesta perspectiva, o autoritarismo patriarcal do passado perde qualquer fundamento. Espiritualmente, filhos podem até ser mais adiantados que pais. Mesmo nesse caso, não ficam os pais eximidos de sua função de educar.
Outra explicação inédita que o Espiritismo nos aponta para o entendimento das relações familiares é a lei da reencarnação. Como pai e filho, irmão e irmã, avô e neto, podem nascer adversários ferrenhos do passado. E nesse caso, a convivência cotidiana deve ser justamente a oportunidade de reconciliação e ajuste. Quando o pai ou a mãe percebe num filho uma aversão inata, uma antipatia inexplicável, podem estar certos de que a relação atual é preciosa ocasião para reajuste de ódios anteriores. Cabe então ao adulto, na posse do conhecimento espírita, procurar com mais afinco, dedicação e renúncia, conquistar o amor daquele ser a quem talvez prejudicou em eras passadas. Se aquele que tem a missão de educar permanecer com o coração endurecido e não fizer a sua parte para a reconciliação espiritual, terá fracassado duplamente, como pai ou mãe e como cristão, com o dever moral de perdoar e reconciliar-se com os adversários.
Assim, num clima não-hierárquico—onde todos se sintam acima de tudo irmãos uns dos outros—de cultivo permanente de amor e respeito mútuo, a família espírita é o cenário mais propício e mais imediato para a Educação espírita. Evidentemente, não se trata aqui de sermões esporádicos a respeito de postulados doutrinários. Mas quando o Espiritismo está enraizado na alma, entranhado no comportamento cotidiano, como explicação para os porquês da existência, como parâmetro ético, como proposta vital—então a convicção espírita se impregna naturalmente nas crianças, marcando-as para o resto da vida.
Então, nem sequer faz sentido a questão muito polemizada por certos adeptos: se os pais devem ou não ensinar Espiritismo às crianças. Se os pais de fato espíritas, ensinarão nos mínimos gestos, nas relações familiares, na vi profissional, e na própria prática pedagógica que adotarem com os filhos, o que é ser espírita. Mas se o Espiritismo representar apenas uma freqüência rotineira a um Centro, sem que haja um engajamento existencial, então obrigar a criança ir a cursos de evangelização, como se vai a um catecismo para fazer primeira comunhão (quando os pais não são católicos praticantes) é transformar a Doutrina num formalismo religioso, sem um sentido mais profundo. É evidente que tal atitude não criará convicções; ao invés, despertará resistências.
Além da função pedagógica, específica dos pais, não se pode deixar de mencionar que a família serve como cenário educativo para todos os seus membros, desde que haja engajamento no processo de melhoria Intima. É na família que podemos e devemos em primeiro lugar conquistar e exercitar virtudes fundamentais, como altruísmo, paciência, amor ao próximo e ao mesmo tempo o empenho de contribuirmos para o progresso do outro. Trata-se, pois, de um cenário permanente e fecundo para a Educação do Espírito.
A Escola e a Universidade Espírita. É numa instituição de ensino primário, secundário ou superior, que devemos também colocar em prática a Educação segundo o Espiritismo. É preciso criar espaços institucionais, onde as crianças, os adolescentes e os jovens possam receber uma Educação integral; serem amados e observados como Espíritos imortais e reencarnados; serem estimulados a se auto-educarem... Nem todos os alunos de uma escola ou de uma universidade espírita deverão ser necessariamente adeptos do Espiritismo. Aprender o conteúdo doutrinário pode ser uma opção de pais e alunos. Mas todos deverão se beneficiar de uma visão espírita da Educação. Muitas das idéias que constituem o universo da Pedagogia Espírita vêm de uma tradição que começa em Sócrates, passa por Comenius, Rousseau, Pestalozzi e têm seu modelo máximo em Jesus. Desta forma, crianças e jovens pertencentes a diferentes credos poderão usufruir de uma Educação espiritualista, sem que suas consciências sejam violentadas por imposições.
Salvo raras exceções, as escolas espíritas que fizeram história no Brasil e outras que ainda estão atuantes, adotaram o sistema educacional vigente e apenas acrescentaram uma aula de Espiritismo, opcional ou obrigatória. Quando muito, apóiam-se numa filosofia vagamente humanista. Este não é o modelo de uma escola verdadeiramente espírita. A Doutrina não pode se reduzir a um catecismo periódico, divorciado da prática existencial. Trata-se sim de oferecer escolas com uma proposta de Educação tão revolucionária, tão superior, tão mais democrática e eficaz que as ofertas vigentes, que mesmo não-espíritas disputarão suas vagas.
Manifesta-se aí o compromisso espírita de agir pedagogicamente, tanto no sentido moral quanto intelectual e mesmo estético. É preciso abolir o conceito ultrapassado de que a boa vontade supre todas as deficiências. Escolas espíritas—sem necessidade de ostentação—devem ser modernas, com arquitetura diferençada, em meio à natureza, bem equipadas e, sobretudo, com recursos humanos qualificados. E para formar recursos humanos compatíveis, precisamos de universidades espíritas. O círculo se fecha. É imprescindível criarmos um ciclo educativo completo, pelo qual possamos educar pessoas pelo menos humanistas, que se ponham na vanguarda espiritual da sociedade e espíritas mais conscientes, com uma cosmovisão doutrinária mais integrada e fundamentada. Ao mesmo tempo em que o Espiritismo pode contribuir para a melhoria da Educação, a Educação espírita deve contribuir para o progresso do próprio Espiritismo.
Certamente, não deixarão de perguntar pelos recursos financeiros necessários a tais empreendimentos. Os recursos existem. O movimento espírita não constrói centros, asilos, hospitais, orfanatos, federações? Por que não aplicar parte destes recursos para a construção de escolas e faculdades? O que falta é uma mudança de mentalidade: é preferível, embora mais trabalhoso, aplicar dinheiro em Educação do que em assistencialismo; aliás, o próprio assistencialismo deveria ser pedagógico.
Os Centros e Instituições Espíritas. A primeira instituição espírita do mundo foi a Sociedade de Estudos Psíquicos de Paris. Lá se pesquisavam os aspectos cientifico, filosófico e moral do Espiritismo. Os participantes debatiam questões existenciais, mensagens e fenômenos mediúnicos, temas do cotidiano e notícias de jornais, teorias cientificas ou filosóficas à luz da Doutrina. Intercâmbio entre os próprios encarnados—entre os membros da sociedade e outras sociedades semelhantes na França e no estrangeiro—e entre encarnados e desencarnados, alimentava o progresso do Espiritismo, sob a luminosa liderança de Kardec que, apesar de sua incontestável autoridade espiritual, jamais se arvorou em chefe do movimento. O aspecto acadêmico da Sociedade—no que a academia tem de positivo em pesquisa e diálogo entre os pares e não no seu espírito sistemático e arrogante—estava presente na Sociedade de Paris, que tinha um caráter de "estudos", portanto, um caráter pedagógico.
No Brasil, houve um processo, talvez historicamente necessário, de massificação do Espiritismo. Centros, Federações, instituições diversas atendem diariamente a milhares de pessoas em todo o país. Com isso, a Doutrina penetrou em todas as camadas da sociedade e multiplicou adeptos e simpatizantes. O Brasil se tornou o país mais espírita do mundo. Mas essa disseminação em massa teve seu preço. As casas espíritas praticam um assistencialismo social e espiritual em que o indivíduo atendido geralmente assume uma atitude muito passiva de assistir cursos, palestras, tomar passes. Às vezes, após anos e anos numa casa espírita, o freqüentador tradicional não passou de fato por um processo pedagógico de crescimento global, mas pratica o Espiritismo à moda tradicional de outras religiões: de forma rotineira, mística e destituída de significação existencial mais profunda.
Já que o movimento espírita brasileiro avançou tanto em termos numéricos, chegou a hora de darmos um salto qualitativo em suas práticas: e esse salto deve ser justamente o de caracterizar toda a atividade espírita como atividade pedagógica, segundo a própria essência da Doutrina. Pode-se objetar que as atividades desenvolvidas pelos Centros e Federações são predominantemente educacionais. Cursos, palestras, estudos doutrinários, o grande movimento da evangelização infantil, as Mocidades Espíritas, a própria assistência social— sempre acompanhada do ensino do Espiritismo—e a assistência espiritual— com a doutrinação dos Espíritos—tudo isto é Educação espírita. É verdade que o movimento espírita tem esse caráter instrutivo, mas não necessariamente pedagógico. Geralmente, é um ensino exercido de forma autoritária e conservadora, arraigado nos modelos tradicionais do sistema educacional vigente e nas heranças trazidas das igrejas. Crianças, adolescentes, jovens, adultos, que chegam à casa espírita, não se tornam educandos para assumir sua própria auto-educação, num processo participativo, dinâmico e enriquecedor.
São tratados como ouvintes passivos.
A metodologia adotada para o ensino do Espiritismo, em qualquer nível costuma ser maçante e autoritária, sem recursos didáticos, sem consciência de expositores e líderes do sentido real de um processo pedagógico.
Pode-se argumentar que um dos problemas com que se depara a casa espírita é a freqüência de pessoas traumatizadas por perdas dolorosas ou portadoras de complexos problemas obsessivos. Isso faz com que tais recém-chegados sejam muitas vezes tratados de forma paternalista. Costuma-se mesmo dizer que, para estes, o Espiritismo teria um caráter apenas consolador. E quem precisa ser consolado não está interessado em renovação. E quem está obsedado não pode ter a liberdade da palavra, nem mesmo para indagar—é o que se pensa.
É evidente que o controle de qualquer atividade espírita deve ser assistido por pessoas equilibradas, moralmente idôneas, conhecedoras e praticando Espiritismo em todos os seus aspectos. Isto não é motivo para que os outros participantes do processo sejam tratados com uma falsa superioridade. O educador verdadeiro é aquele que sabe converter traumas em motivos de edificação e crescimento e fazer da participação ativa dos educandos uma terapia para seu reequilíbrio. O primeiro passo para que se dê de fato um desencadear das potencialidades dos que freqüentam a casa espírita é que sejam acolhidos como seres pensantes e dignos de serem ouvidos. Que se tornem indivíduos conhecidos, respeitados e participantes, e não meros assistidores de palestras.
Seminários, debates, reuniões de estudos em que todos possam colocar seus questionamentos e dúvidas, a própria disposição das cadeiras em círculos e não em platéias com um púlpito longínquo—tudo isso deve fazer parte do panorama pedagógico do Centro Espírita, quebrando o monólogo autoritário dos oradores. E evidente que, para isso, o Centro não precisa nem deve se converter numa arena de disputas de opinião e de brigas pessoais. É preciso criar o hábito de debater idéias com argumentos e não com ofensas e enfrentar a divergência de opinião com naturalidade, preservando sempre os postulados básicos do Espiritismo. Com líderes conscientes, equilibrados e com sólidas convicções doutrinárias, é possível se ventilar o clima com a liberdade de expressão, mantendo-se o padrão vibratório elevado e a compreensão fraterna entre todos. Aliás, isto também deve fazer parte do aprendizado. É muito fácil se obter uma harmonia aparente, sob o tacão da disciplina autoritária. O desafio é obter a união, pela adesão voluntária de todos os participantes a uma proposta de progresso e fraternidade.
Educação mediúnica
A Educação mediúnica é um dos aspectos característicos da Educação espírita, ligada ao desabrochar das capacidades extra-sensoriais que todo ser humano deverá desenvolver em sua jornada evolutiva. Como já foi analisado (ver Cap. II), há o mediunato—compromisso específico de atuação mediúnica numa dada existência—mas além desta tarefa, todos os seres humanos têm uma mediunidade geral, mais ou menos cultivada.
No caso de o indivíduo possuir algum dom mediúnico específico, a Educação mediúnica tem por meta possibilitar seu desenvolvimento e uso equilibrado, sadio e positivo. No caso de mediunidade difusa, não-específica, a meta é a de aguçar a sensibilidade extra-sensorial, a intuição, a percepção psíquica—coisas presentes em todos os seres humanos.
Tanto num como noutro caso, são facetas da proposta espírita: o controle racional das faculdades mediúnicas, fruto do estudo acurado dos fenômenos e da auto-análise que todo espírita comprometido com sua auto-educação deve permanentemente promover; o uso da mediunidade para fins úteis, nobres e cristãos; o cuidado para não converter nenhum dom mediúnico em fonte de riqueza material, de projeção pessoal ou de manipulação psíquica, ou seja, mediunidade com absoluto desinteresse e devotamento.
A Educação mediúnica não é meramente um apossar-se de técnicas, mas deve ser um fator de evolução global para o Espírito; uma possibilidade real de aperfeiçoamento moral e de prática do Bem. Os parâmetros éticos da mediunidade se sobrepõem aos aspectos técnicos, inclusive como garantia de controle do fenômeno e de atração de bons Espíritos—ao contrário de certas correntes espiritualistas que acentuam a frieza da técnica em detrimento do amor que deve orientar a utilização dos dons psíquicos.
Se, conforme Herculano Pires, O Livro dos Espíritos é um manual de Educação Integral, O Livro dos Médiuns é um manual de Educação mediúnica, que pela primeira vez na história humana colocou balizas éticas e racionais para a prática da mediunidade.
"Aquele que semeia a Doutrina Espírita se depara com alguns corações endurecidos;
"Aquele que semeia a Doutrina Espírita se depara com alguns corações endurecidos; pode se entusiasmar, se empolgar, mas se as raízes do sentimento espírita cristão e seus luminosos postulados,
não estiverem ínsitos na própria alma do evangelizador espírita,
o... sol das dificuldades transformará em cinzas a boa vontade e a empolgação.
Em sobrevindo os revezes da vida e a perseguição do orgulho e
da vaidade do próprio evangelizador, já que a evangelização espírita não oferece papel de destaque no mundo, tira ele daí motivo de
escândalo e queda.
Aquele que evangeliza entre os espinheiros da materialidade, e se
mantém preso a esses mesmos cuidados de maneira excessiva,
acaba por perder-se e sua palavra é abafada, tornando-se infrutífera.
Aquele, porém, que persevera, se esforça, se dedica, tem o
coração enternecido pela faina evangelizadora, esse irá encontrar coraçõezinhos ávidos por sua ternura e saberá reconhecê-los em meio às urzes do caminho.
A semente da evangelização estará presente em suas palavras, em
seus exemplos.
Sua prática evangelizadora irá dar frutos suculentos para os Espí-
ritos imortais, chegando a produzir cem, ou sessenta e trinta por um." Trecho da "Parábola do Evangelizador",
do amigo Adeilson Salles
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
XXIV CONJERGS BAGÉ
No dia 28 de outubro partiu do Litoral uma Caravana muito especial... Jovens espíritas da décima região acompanhados de seus evangelizadores rumo a uma terra, tão tão tão distante!
O combustível : Alegria e muita rapadura! Energia não faltou para cantar por horas, muuuitas horas! De vez em quando umas paradinhas, para abastecer o estômago é claro, com lanchinhos deliciosos que os evangelizadores levaram, ah aquele bolo de chocolate, tava de lamber os dedos.
Chegamos ao nosso destino um pouco cansados mas cheios de expectativas pelo que nos esperava. Após uma boa noite de sono, hehehe, brincadeirinha não dormimos... Mas sábado lá estávamos nós na XXIV CONJERGS em Bagé, cheios de vontade de aprender, cantar, sorrir, fazer amigos, e compartilhar bons momentos com os amigos que foram junto.
Foram dois dias inesquecíveis, de um trabalho imenso, preparado com muito carinho pela dedicada equipe da FERGS, e, entre ela nossos queridos Gilnei, Sandro, Júnior e Victor, que levaram suas experiências das confraternizações de nossa região, e promoveram um dos momentos mais incríveis da CONJERGS o Bônus Horas, que foi um sucesso.
É, mas tudo que começa termina, e no domingo voltamos para casa, conduzido por um companheiro que nos garantiu uma viagem tranqüila de ida e volta, valeu João!
Gratos somos a todos aqueles que colaboraram para nossa viagem, os amigos lá de Santo Antônio da Fonte de Luz que fizeram grandes esforços, e cachorros quentes, e também os amigos do Amor e Caridade de Osório, da SEBEM de Torres, e do Allan Kardec de Capão da Canoa.
Mais uma vez podemos perceber que os jovens espíritas da décima região, representados especialmente pelo GPJ, estão unidos pelos laços
da fraternidade e do companheirismo.
Enfim com as malas cheias de saudades, e alegria por ter vivido momentos tão especiais, estamos de volta, nos preparando para a nossa VIII Conjer que está sendo preparada pelos companheiros de Osório com dedicação e carinho para oportunizar também aos jovens do nosso litoral que não preenchiam os critérios para estar na Confraternização estadual, momentos de fraternidade, amizades sinceras, e
“Fé no Futuro”.
Lilian Camargo Teixeira. Evangelizadora SEBEM Torres RS.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
VIII CONJER CRE 10 REGIÂO. já temos 112 Pré inscritos.
Evangelizadores:
Somos gratos pela resposta ao chamamento das pré inscrições para nossa VIII CONJER 10 Região, pois já temos 112 Pre inscritos onde todos ganharam CD Evangelizar e Amar.As inscrições estão abertas, procure o DIJ de sua UME/UNIME e após o DIJ CRE.
Abraços Fraternos:
G.Teixeira
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
A ADOLESCÊNCIA
Sobre a adolescência e suas mudanças
Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec questiona: Qual é a finalidade da encarnação? E os Espíritos respondem: Deus a impõe com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Sabemos que, para progredirem, e chegarem a essa perfeição, os Espíritos precisam passar por etapas que visam à preparação e à adaptação do Ser reencarnante para a vivência da atual existência, ou seja, quando encarnada, a alma passa pelas fases da infância, adolescência e madureza, e cada uma delas é indispensável para que o Espírito possa realizar sua transformação.
Na fase infantil, os Espíritos são mais acessíveis às impressões que recebem e podem reformar seu caráter e reprimir as más tendências2. É nessa fase que os pais têm por missão desenvolver seus filhos através da educação, sendo uma tarefa lhes atribuída por Deus3. A fragilidade da própria infância despertará nos pais um sentimento de amor que facilitará o desempenho de suas atividades
educativas4.
Após a infância, vem a adolescência. O conceito do termo adolescência como sendo a etapa que se estende, de modo geral, desde os 13 anos até aproximadamente os 21 anos de idade, é comum entre os especialistas que estudam adolescência. É uma etapa de transição em que já não se é criança, mas ainda não se tem o status de adulto! Esse conceito se aproxima da ideia que a Doutrina Espírita nos traz sobre as fases de desenvolvimento do Espírito enquanto encarnado. Essa época coincide com a
maturidade física e sexual ocorrida na puberdade e descrita mais adiante. Allan Kardec pergunta, na questão 385 de O Livro dos Espíritos, a respeito do motivo da mudança que se opera no caráter de alguns indivíduos numa certa idade. E a resposta foi breve: É o Espírito que retoma a sua natureza e se mostra tal qual era. É neste momento que o adolescente confrontará a educação recebida durante a infância com sua individualidade espiritual, dando origem, em muitos casos, a uma verdadeira “crise” de identidade. Esta fase é um período muito delicado para o Espírito, pois além destas questões de natureza espiritual, que provocam grandes perturbações, somam-se outras questões, de caráter material, como modificações hormonais, desenvolvimento cognitivo, dificuldades sociais e afetivas, dentre outras.
Na fase adulta, a alma terá mais consciência de suas responsabilidades, realizando suas escolhas de acordo com o aprendizado feito nas fases anteriores. Coll, Marchesi e Palácios complementam nosso estudo com a seguinte afirmação:
Todas essas mudanças internas e externas, que guardam uma estreita relação entre si, farão
do período da adolescência uma importante transição evolutiva muito interessante para o estudo dos processos de mudança e continuidade no desenvolvimento humano, uma transição entre
maturidade física, social e sexual na idade adulta.
2 Idem, questões 383 e 385;
3 Idem, questão 208;
4 Idem, questão 385;
De Educador para Educador NEAJ.
G.Teixeira
De Educador para Educador NEAJ.
G.Teixeira
terça-feira, 23 de agosto de 2011
FAÇA Já a Pré-inscrição da VIII CONJER 10 Região e ganhe CD Evangelizar e Amar.
Faça Já a Pré-inscrição da 8ª CONJER 10ª Região
Já estão sendo encaminhadas as fichas de pré-inscrição da 8ª CONJER 10ª Região que ocorrerá nos dias 19/20 de Novembro de 2011.
O convite é extensivo as sociedades espíritas que ainda não tem juventude, pois, teremos oficinas de qualificação para evangelizadores de juventude.Obs: Todos que enviarem a pré-inscrição dentro do prazo ganharão um cd do grupo Evangelizar é Amar.
Prazo entrega: 20 de setembro de 2011.
Infos:DIJ CRE 10ª Região - dij10regiao@yahoo.com.br
Postado por Sociedade Espírita Fé. Amor e Caridade (SEFAC) às
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Dinamica: Aula para Juventude Espírita: OBJETIVOS: Fazer o jovem perceber a importância da orientação da família.
A ESTRADA
OBJETIVOS: Fazer o jovem perceber a importância da orientação da família.
MATERIAL NECESSÁRIO: Papel e lápis
DESENVOLVIMENTO: Entregar lápis e papel para cada jovem e pedir que desenhem uma estrada.
Nesta estrada serão acrescentadas algumas placas de sinalização que conheçam e que comumente
são avistadas nas estradas por onde passam. Apresentados os desenhos, questionar: Para que
servem aquelas placas? Apenas enfeitam estradas ou são úteis? Em seguida, pedir que cada um
compare sua vida a uma estrada e que comente quais são os sinais que ele encontra e quem os
coloca. Analisar com eles, se os motoristas observam sempre a sinalização e o que acontece
quando a desrespeitam. E os jovens procedem de modo diferente dos motoristas, em relação à
sinalização feita pelos mais velhos?
REFLEXÃO: Nossa vida, felizmente, é uma estrada muito bem sinalizada por nossos pais, mestres e
pessoas que nos amam. Estes sinais não são colocados para nos entristecer e sim para a nossa
felicidade. A religião também está, a todo o momento, sinalizando o que nos trará realização,
colocando sempre uma seta em direção a fraternidade universal e nos mostrando que não há
fatalidade, mas sim a ação da Providência Divina em nossas vidas. Os sinais existem, mas não nos
tomam os volantes, obrigando-nos a segui-los. Também nós somos livres para guiar nossos passos
pelos caminhos que desejamos através do livre-arbítrio.
domingo, 31 de julho de 2011
Aula para Juventude : Reencarnação/Objetivos/Justiça Divina/Esquecimento do Passado/Vida futura.
Conceitos
Jesus: “Em verdade, em verdade, te digo que ninguém pode entrar no reino de Deus se não nascer de novo”
Jesus (João, 3:3)
Kardec: “... é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo.”
Allan Kardec – O Evangelho Segundo o Espiritismo
Léon Denis: “... renasce criancinha, reaparece na cena terrestre para representar um novo ato do drama de sua vida, pagar as dívidas que contraiu,
conquistar novas capacidades...”
Léon Denis – O problema do Ser, do Destino e da Dor
Objetivos da Reencarnação
Chegar à perfeição.
Expiação e melhoramento progressivo da Humanidade
Sofrer as vicissitudes da existência corporal.
Colocar o Espírito em condições de suportar a
parte que lhe toca na obra da criação.
Concorre para o progresso do planeta, dos outros e, finalmente para o seu próprio.
Allan Kardec – O Livro dos Espíritos
Justiça Divina
A reencarnação se fundamenta na Justiça de Deus.
Um bom pai deixa sempre aberta aos filhos a porta para o arrependimento.
Seria injusto privar alguém da felicidade eterna.
Através dela Deus nos faculta os meios de alcançarmos a perfeição.
A idéia de termos vidas sucessivas é a única que corresponde à Justiça de Deus.
A reencarnação nos oferece meios de resgatarmos nossos erros por novas provações.
Allan Kardec – O Livro dos Espíritos
O Início da Reencarnação
A reencarnação tem início no momento da fecundação, e somente conclui entre 7 e 8 anos de idade.
Divaldo Franco – Entrevistas
Desde o instante primeiro das manifestações de vida do embrião humano, a entidade espiritual experimenta os efeitos da sua nova condição.
Léon Denis – O problema do Ser, do Destino e da Dor
A união da alma ao corpo efetua-se por meio do perispírito e opera-se lentamente, desde a concepção, fibra por fibra, molécula por molécula.
Léon Denis – O problema do Ser, do Destino e da Dor
O Processo da Reencarnação
Grande percentagem de reencarnações na crosta se processa em moldes padronizados para todos.
André Luiz – missionários da luz
Nem sempre é permitido aos espíritos inferiores escolher o corpo que vai habitar.
Allan Kardec – O Livro dos Espíritos
Todos são protegidos, aconselhados e amparados na passagem da vida do espaço para a existência terrestre. Léon Denis – O Problema do Ser, do Destino e da Dor
O espírito escolhe as provas a que deseja submeter-se para apressar seu adiantamento e estão sempre em relação com as faltas que lhe cumpre expiar. Allan Kardec – O Livro dos Espíritos.
O período infantil é o mais importante para a tarefa educativa pois o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação na nova existência.
Emmanuel – O Consolador
O Esquecimento do Passado
Causa fisiológica: o invólucro material, sobrepondo-se ao invólucro fluídico faz as vezes de um apagador. Em conseqüência do seu estado vibratório, o Espírito, recém
empossado de um cérebro virgem de toda imagem, acha-se na impossibilidade de
exprimir as recordações das suas vidas anteriores.
Léon Denis, O Problema do Ser, do Destino e da Dor
Necessidade de ordem moral : a recordação do
passado acarretaria:
Persistência da herança mental: das idéias
errôneas, dos preconceitos de casta, tempo e meio, das imagens de nossos erros.
Obstáculos à educação, nossa capacidade de julgar achar-se-ia adulterada desde o berço.
O conhecimento de um passado corrupto,
conspurcado, seria um fardo pesado.
Introduziria à vida social elementos de discórdia, fermentos de ódio que agravariam a situação da Humanidade.
Léon Denis, O Problema do Ser, do Destino e da Dor
A Crença na Vida Futura
“ Somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que Jesus prometeu aos aflitos da Terra.”
“A idéia clara e precisa que se faça da vida futura proporciona inabalável fé no porvir...”
Allan Kardec – O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Por: Glnei Teixeira.
.
.
.
.
.
..
segunda-feira, 25 de julho de 2011
quinta-feira, 14 de julho de 2011
quinta-feira, 30 de junho de 2011
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Nossos Jovens GPJ CRE10 Região no Encontro Estadual de GPJ
Nossos Jovens da 10 Região ( GPJ CRE10) compareceram ao
Encontro Estadual de Grupos de Programações Juvenis 2011 - EEGPJ, participaram 125 pessoas, entre jovens, evangelizadores e coordenadores de GPJ para discutir e se capacitar.
Os jovens trabalharam, na forma de oficinas, a Qualificação do Trabalhador do GPJ, trabalharam também a temática "Paulo, o peregrino", na qual foram incentivados a elaborar produções escritas, como textos, palestras, músicas, com o objetivo de que esse material, após avaliação, seja utilizado para publicações no Blog, em Colunas do Diálogo Espírita, publicação da FERGS, bem como em Tribunas Jovens.
Após a organização desse encontro a conversa se voltou para esclarecimentos sobre a XXIV CONJERGS, as atividades dos GPJ's nesse evento.
Agradecemos a presença de todos nesse evento por demais importante, pois a Juventude é o futuro não só do movimento espírita, mas também artífices do mundo de regenaração que tanto esperamos!
( Partes do texto do Blog FERGS)
Gilnei Teixeira
terça-feira, 28 de junho de 2011
Aula - Fuidos
Objetivos:Conceituar o Fluido Cósmico Universal;Reconhecer a qualidade dos fluidos ambientais diretamente relacionada aos nossos pensamentos e sentimentos.
Bibliografia:Evang.Segundo o Espiritismo – Cap. XII, item 3, 3ºparágrafo; Cap. XXVII, item 10O Livro dos Espíritos – perg.27A Gênese – Cap.XIV – Os Fluidos, item 16, 19 à 21
Material: Rolo de barbante, três canetas com tampa, três garrafas pet grandes, tesoura, vidro grande (tipo de maionese ou Nescafé), tinta guache (vermelha, azul ou verde), cartolina, carinhas de cartolina (3 para cada evangelizador) nas cores verde, amarelo e vermelha, pasta transparente para deixar as carinhas.
Desenvolvimento:
1.Prece inicial.
2.Hora da novidade
3.Motivação inicial: aplicar a técnica Teia de Ilusões (descrita a seguir) Alternativa: Técnica teia de barbante, para contar as novidades.
4.Exposição dialogada: Da mesma forma que vcs ficaram todos unidos na teia de barbante, somos nós, serem da Criação de Deus, unidos uns aos outros. Alguém sabe como?Existe um elemento que se chama Fluido Cósmico Universal, que é como essa teia: relaciona tudo o que existe na criação. Assim, ninguém está sozinho ou isolado: somos todos relacionados uns aos outros.Na teia, estamos relacionados pelo barbante. E na vida, pelos fluidos que nos envolvem. Tudo o que fazemos tem repercussão nos outros!Na teia, é só nos mexermos que os outros sentem. E na vida? Como podemos interferir nos fluidos?
==> pensamento e vontade;
==> sentimentos.
Esses elementos interferem de forma boa ou ruim nos fluidos que nos rodeiam. É como uma gota de tina na água! Por menor que seja, altera a coloração da água!
5. Mostrar o vidro grande de água limpa: imaginemos que essa água é o fluido que nos envolve. Se colocarmos uma gotinha de tinta, o que vai acontecer?
Demonstrar: qto mais gotas colocamos, mais a água vai mudando de cor.Assim também em nossa vida: quanto mais pensamentos, sentimentos bons, mais puro ficam os fluidos; quanto mais imperfeitos nossos pensamentos e sentimentos, mais impuros, contaminados, ficam os fluidos.
O que acontece conosco, num ambiente de fluidos ruins, contaminados? ==> mal estar, sensação ruim;
E num ambiente de fluidos bons? ==> sensação boa, paz, harmonia.Pedir exemplos de situações em que o ambiente fica com fluidos bons, e outros em que fica ruim.
O que fazer quando sentimos que o ambiente está com fluidos contaminados?
==> sair do ambiente! Se não for possível, orar, pedindo a Deus que nos ajude e a todos os que estão contaminando o ambiente, e também os que estão sendo influenciados por esse ambiente ruim.
Orar devemos fazer sempre. Mas se não temos forças para ficar bem num ambiente ruim, temos que nos afastar para evitarmos ficar doentes!Vamos fazer a nossa parte: colaborar para melhorar o ambiente espiritual de nosso planeta!
6. E aqui em nossa sala? Como está o ambiente?
Propor um painel, onde cada um possa colocar como entende que está influenciando os fluidos espirituais de nossa sala. Numa pasta, teremos três pilhas de carinhas nas cores verde, amarela e vermelha. Tem em número que represente cada um.
No painel, que ficará pendurado na sala, teremos os nomes de todos, junto a um espaço para colocar 1 carinha. A cada dia, ao chegar, cada um deve pegar na pasta, a carinha que representa seu estado íntimo, ou seja, a forma como está influenciando os fluidos espirituais:
- verde – estamos bem, colaborando para a paz e harmonia;
- amarelo – não estamos muito bem. Estamos tristes ou doentes. Precisamos de fluidos bons para melhorarmos!;
- vermelho – não estamos bem! Estamos com sentimentos ainda inferiores: raiva, desinteresse, deboche. Nesse caso, precisamos querer mudar e força de vontade para mudar esses sentimentos!Reforçar que nosso ambiente depende de cada um de nós!
7. Deixar que cada um vá ao painel e coloque sua carinha.Sempre que houver carinhas vermelhas, estimular a reflexão sobre os “benefícios” da atitude atual: faz mal a quem emite esses fluidos ruins e também faz mal aos demais!
8. Prece final.
TEIA DE ILUSÕES (EEV 2010)
Objetivo: permitir aos participantes vivenciar situações que envolvam comunicação, planejamento, cooperação, poder de decisão, flexibilidade e auto-controle.
Tamanho do grupo: máximo de 15 pessoas.
Material Utilizado: rolo de barbante, três canetas com tampa, três garrafas pet grandes, tesoura.
Processo:Solicitar aos participantes que fiquem em pé, formando um círculo.
O facilitador formará a teia envolvendo cada participante no barbante, um de cada vez, de preferência costurando as linhas dispostas umas nas outras. Depois de formada a teia o facilitador irá pendurar as três canetas na teia e dispor as garrafas embaixo de cada caneta. Os fios de barbante que estão as canetas devem ter tamanhos diferentes.
Execução da atividade aos participantes: 10 minutos
O objetivo é que todos consigam colocar e manter as canetas dentro de cada garrafa, sem derrubar as mesmas.
Regras: Os participantes não poderão fazer uso das mãos;
A única parte de corpo que encosta ao barbante é a cinturaNão poderão derrubar as garrafas;
Terão que executar a tarefa em tempo pré determinado. (Sugestão: 10 minutos )
* Caso alguma garrafa seja derrubada fica a critério do facilitador o fim da atividade ou uma nova tentativa.
**Sugestão: Caso derrubem a garrafa no início da atividade, permitir que tentem novamente. Caso derrubem do meio para o final, encerra-se a atividade.
Por: G.T.
Aula - Fluidos-Mecanismo da Prece
Objetivos:Conceituar Prece, à luz da Doutrina Espírita;Identificar os mecanismos que estão presentes na prece, identificando o Fluido Cósmico Universal como o meio de transmissão de nossos pensamentos e da prece;Reconhecer na prece o intercâmbio com o mundo espiritual superior, e como instrumento de paz e harmonia para o Espirito.
Bibliografia:O Livro dos Espíritos – CAPÍTULO II, 3a parte, Da Lei de Adoração;O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXVII;A Gênese, cap.XIV - Qualidade dos Fluidos (itens 16 à 18); Missionários da Luz – André Luiz/Chico Xavier – Cap. 6 – A Oração; Os Mensageiros – André Luiz/Chico Xavier – Cap. 25 – Efeitos da Oração; Cap. 24 – A Prece de Ismália; Jesus No Lar – A Resposta Celeste – Cap. 28 – Francisco C. Xavier/Neio Lucio.
Desenvolvimento:
1.Prece inicial
2.Iniciar: distribuindo a frase abaixo em pedaços de cartolina para que sejam colocadas em ordem pelos evangelizandos:
“A prece é a maneira pela qual, através do pensamento expresso ou não em palavras, a criatura se liga ao Criador. É o meio de comunicação com Deus e com os planos mais altos da vida.” (Roteiro – Emmanuel, pt 3, cap.2, perg.659).Cada criança deve receber um dos pedaços.
3. Levantar com eles, os principais elementos que essa definição de prece nos traz:
meio = pensamento;
emissor = aquele que ora;
receptor = Deus
4.Perguntar como é que a prece chega a Deus, deixando que discutam, auxiliando até que cheguem no Fluido Cósmico Universal. ==> fazer referência à aula passada (teia de barbante – estamos todos conectados pelos fluidos ambientais).Fazer comparação com o ar, que leva o som.
5. Perguntar quais os benefícios da prece?
- paz e serenidade de espírito; principalmente nas dificuldades, qdo mais precisamos de serenidade;
- sintonia com os nossos amigos espirituais, para melhor percebermos seus conselhos úteis;
- melhor percepção das escolhas a serem feitas no nosso dia-a-dia;Além de benefícios próprios, também podemos orar por nossos irmãos em Deus.A prece resolve nossos problemas?==> não; somente nós próprios podemos resolver nossos problemas; a prece é a luz que nos mostra o que fazer, mas a ação, é nossa!
6. Nossas preces são sempre atendidas? Deixar que respondam e depois, contar a história da página de Jesus no Lar. Após a história, levantar os principais ensinos de Jesus nessa pequena história:
Deus se utiliza de diversos elementos para atender à nossa necessidade: moscas; raios, rio que levou a ponte;
Nem sempre percebemos de imediato, a resposta celeste.
Por quê? Por que, normalmente, esperamos que a resposta seja do jeito que pensamos e, nem sempre o jeito que pensamos é o melhor para nós.É preciso ter fé, confiança na solicitude de Deus.
7. Propor o jogo da Redação Circular: dar papel e lápis a cada criança, com o início de uma estória:
“Finalmente chegou o dia de ir passar o dia na Fazenda Arco-Íris, onde além de piscina natural, tem um monte de animais. Ao ouvir o despertador, pulei da cama e olhei a janela: estava uma chuvarada daquelas! Tinha até raios e trovões! .....”
Pedir que continuem a estória escrevendo uma frase. Quando terminarem, passar a folha para o colega da direita que deve continuar de onde o outro parou, escrevendo mais uma frase. Repetir esse procedimento até a folha chegar de volta a seu dono.
Cada um deve ler a história que foi formada.
Fazer comentários sobre a visão positiva ou negativa a partir do fato inicial narrado, observando que nossos pensamentos influenciam diretamente a nossa realidade, e que a prece sincera sempre nos auxilia a perceber a melhor forma de agir em todas as situações.
8. Prece final
*Idade sugerida: 11 anos
*Texto também sugerido para a redação circular:
Jesus no Lar – Cap.28 - A resposta celeste
Solicitando Bartolomeu esclarecimentos quanto às respostas do Alto às súplicas dos homens, respondeu Jesus para elucidação geral:
— Antigo instrutor dos Mandamentos Divinos ia em missão da Verdade Celeste, de uma aldeia para outra, profundamente distanciadas entre si, fazendo-se acompanhar de um cão amigo, quando anoiteceu, sem que lhe fôsse possível prever o número de milhas que o separavam do destino.
Reparando que a solidão em plena Natureza era medonha, orou, implorando a proteção do Eterno Pai, e seguiu.
Noite fechada e sem luar, percebeu a existência de larga e confortadora cova, à margem da trilha em que avançava, e acariciando o animal que o seguia, vigilante, dispôs-se a deitar-se e dormir. Começou a instalar-se, pacientemente, mas espessa nuvem de moscas vorazes o atacou, de chofre, obrigando-o a retomar o caminho.
O ancião continuou a jornada, quando se lhe deparou volumoso riacho, num trecho em que a estrada se bifurcava. Ponte rústica oferecia passagem pela via principal, e, além dela, a terra parecia sedutora, porque, mesmo envolvida na sombra noturna, semelhava-se a extenso lençol branco.
O santo pregador pretendia ganhar a outra margem, arrastando o companheiro obediente, quando a ponte se desligou das bases, estalando e abatendo-se por inteiro.
Sem recursos, agora, para a travessia, o velhinho seguiu pelo outro rumo, e, encontrando robusta árvore, ramalhosa e acolhedora, pensou em abrigar-se, convenientemente, porque o firmamento anunciava a tempestade pelos trovões longínquos. O vegetal respeitável oferecia asilo fascinante e seguro no próprio tronco aberto. Dispunha-se ao refúgio, mas a ventania começou a soprar tão forte que o tronco vigoroso caiu, partido, sem remissão.
Exposto então à chuva, o peregrino movimentou-se para diante.
Depois de aproximadamente duas milhas, encontrou um casebre rural, mostrando doce luz por dentro, e suspirou aliviado.
Bateu à porta. O homem ríspido que veio atender foi claro na negativa, alegando que o sítio não recebia visitas à noite e que nao lhe era permitido acolher pessoas estranhas.Por mais que chorasse e rogasse, o pregador foi constrangido a seguir além.
Acomodou-se, como pôde, debaixo do temporal, nas cercanias da casinhola campestre; no entanto, a breve espaço, notou que o cão, aterrado pelos relâmpagos sucessivos, fugia a uivar, perdendo-se nas trevas.
O velho, agora sozinho, chorou angustiado, acreditando-se esquecido por Deus e passou a noite ao relento. Alta madrugada, ouviu gritos e palavrões indistintos, sem poder precisar de onde partiam.
Intrigado, esperou o alvorecer e, quando o Sol ressurgiu resplandecente, ausentou-se do esconderijo, vindo a saber, por intermédio de camponeses aflitos, que uma quadrilha de ladrões pilhara a choupana onde lhe fora negado o asilo, assassinando os moradores.
Repentina luz espiritual aflorou-lhe na mente.
Compreendeu que a Bondade Divina o livrara dos malfeitores e que, afastando dele o cão que uivava, lhe garantira a tranquilidade do pouso.Informando-se de que seguia em trilho oposto à localidade do destino, empreendeu a marcha de regresso, para retificar a viagem, e, junto à ponte rompida, foi esclarecido por um lavrador de que a terra branca, do outro lado, não passava de pântano traiçoeiro, em que muitos viajores imprevidentes haviam sucumbido.
O velho agradeceu o salvamento que o Pai lhe enviara e, quando alcançou a árvore tombada, um rapazinho observou-lhe que o tronco, dantes acolhedor, era conhecido covil de lobos.
Muito grato ao Senhor que tão milagrosamente o ajudara, procurou a cova onde tentara repouso e nela encontrou um ninho de perigosas serpentes.
Endereçando infinito reconhecimento ao Céu pelas expressões de variado socorro que não soubera entender, de pronto, prosseguiu adiante, são e salvo, para desempenho de sua tarefa.
Nesse ponto da curiosa narrativa, o Mestre fitou Bartolomeu demoradamente e terminou:
O Pai ouve sempre as nossas rogativas, mas é preciso discernimento para compreender as respostas dEle e aproveitá-las.
Fonte: Casa Espírita Missionários da Luz – II Ciclo –
Postado por : G.T.
Assinar:
Postagens (Atom)